Concorrência responde a bancos: “Ofendem-se com perguntas?”
“Enviesamento”, perguntas com “resultados predefinidos”. Foi com estas críticas duras que a consulta lançada pela Autoridade da Concorrência (AdC) à banca foi recebida pelo setor.
Críticas que, em entrevista ao Negócios e Antena 1, Nuno Cunha Rodrigues refuta: “As perguntas eram bastante abertas. Sempre que alguém faz uma pergunta deve obter uma resposta. E a resposta pode ser negativa, positiva, explicativa, de vários tipos. As perguntas resultavam em grande medida de preocupações assinaladas no passado, que tinham sido transmitidas diversas vezes”.
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“As pessoas têm a capacidade de dar a sua resposta”, insistiu. “As pessoas ofendem-se quando se faz uma pergunta?”, questiona.
O presidente da AdC assegura que a forma como as questões foram colocadas não pretendeu influenciar respostas. O objetivo é “obter a perceção do mercado relativamente a uma preocupação que existe e que existe também noutros Estados-membros da União Europeia”, explicou em relação à questão das vendas agregadas, que é colocada nestes termos: “As vendas agregadas apresentam um custo de entrada ou expansão significativo?”
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“Lançamos um estudo e os interessados podem manifestar-se da forma que entendam. É um estudo transparente. Não compreendo algumas observações precipitadas”, atira. “No momento em que se lança um estudo, em que não há nenhuma linha escrita, não há nenhuma resposta obtida, dizer-se que o estudo está enviesado, creio que pode ser precipitado. Todos os estudos têm perguntas e todos os estudos [da AdC] têm contribuído para melhorar o funcionamento da economia em Portugal.
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