Credit Suisse quer fazer aumento de capital e admite sair dos EUA
O Credit Suisse está a procurar investidores para um aumento de capital, avança esta quinta-feira a Reuters citando duas fontes próximas do tema.
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A instituição financeira começou nas últimas semanas a contactar acionistas sobre esta opção e estão em discussão várias opções para a área de banca de investimento, sendo uma das hipóteses a saída do mercado dos Estados Unidos.
À Reuters, um porta-voz do Credit Suisse indicou que "qualquer atualização no progresso da nossa estratégia será comunicada quando anunciarmos os resultados do terceiro trimestre. Seria prematuro comentar esse tema antes dessa data".
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O plano estratégico lançado pelo "chairman" Axel Lehmann prevê a redução da área de banca de investimento e um maior foco na gestão de fortunas.
O banco suíço apresenta os resultados trimestrais a 27 de outubro.
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Também esta quinta-feira, o Financial Times avançou que o Credit Suisse prepara-se para dividir a sua operação do banco de investimento em três unidades, de forma a contornar as perdas dos últimos três anos.
O diário britânico refere que o banco liderado desde julho por Ulrich Körner pretende dividir o negócio de consultoria – que poderá ser autonomizado mais tarde –, isolar os ativos de risco num modelo de "banco mau" e uma terceira unidade com o resto do negócio.
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O banco registou entre abril e junho, um prejuízo de 1,59 mil milhões de francos suíços (1,63 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), o terceiro prejuízo trimestral consecutivo. Ao mesmo tempo, a instituição tem sofrido várias mudanças em termos de direção. No início de agosto, o então CEO, Thomas Gottsein abandonou o cargo.
No princípio de 2022, o então presidente, António Horta-Osório, também se demitiu, na sequência da descoberta de uma violação das regras de quarentena impostas pela pandemia de covid-19. A saída do executivo português foi sucedida pela demissão do vice-presidente, Severin Schwan, por pressões dos principais acionistas do banco.
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O Credit Suisse está ainda a tentar recuperar dos problemas provocados pela exposição às empresas de capitais Archegos e Greensill, que colapsaram em 2021. Desde o início do ano, o banco já perdeu quase metade do valor em bolsa (-44,73%). Esta quinta-feira, os títulos do banco perdem 1,02% para 4,867 francos suíços (cerca de 5 euros).
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