Fundo do BPI terá ganho 700 mil euros com queda do Popular
Um fundo de investimento do BPI, destinado a clientes institucionais, terá ganho cerca de 700 mil euros com a resolução do banco Popular. Isto porque a exposição da carteira apostava na desvalorização das acções da instituição que agora pertence ao Santander.
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Em causa está o BPI Alternative Fund: Iberian Equities Long/Short Fund, um fundo que obedece às regras de comercialização do Luxemburgo e que assume posições longas e curtas em acções cotadas nas bolsas da Península Ibérica. No final do ano passado, esta carteira tinha uma posição longa equivalente a 2,2 milhões de acções do Popular, e três posições curtas correspondentes a 6,6 milhões de títulos, de acordo com a informação do relatório e contas do fundo. O saldo entre as duas equivalia a uma exposição curta de quase 4,4 milhões de títulos. Ou seja, no final do ano passado, este fundo já estava a apostar na desvalorização dos títulos do Popular.
Ao longo dos últimos meses, uma vez que as acções do banco desvalorizaram 65% desde o início de 2017, o BPI Alternative Fund: Iberian Equities Long/Short Fund foi fechando posições, de acordo com a lógica de funcionamento de uma carteira que tem exposições longas e curtas, explicada ao Negócios por fonte do mercado.
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Tendo em conta o saldo da exposição do fundo ao Popular no final do ano passado, no mercado admite-se que, no dia da resolução, a carteira gerida pelo BPI tivesse uma exposição curta ao banco espanhol equivalente a cerca de dois milhões de acções. Neste cenário, tendo em conta que a última cotação do Popular antes da resolução do banco foi de 0,33 euros, o fundo pode ter arrecadado um pouco mais de 700 mil euros com este investimento. No entanto, nesta mesma quarta-feira, a carteira terá sofrido perdas com a exposição a outros títulos cotados na bolsa de Madrid que desvalorizaram nessa sessão.
Dada a complexidade da lógica de funcionamento do BPI Alternative Fund: Iberian Equities Long/Short Fund, a subscrição de unidades de participação está limitada a clientes qualificados. Daí que, dependendo do tipo de investimento, o valor mínimo de aplicação varia entre 25 mil e 150 mil euros.
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