O que querem os candidatos para o Montepio?

O futuro do Montepio está aí. Todos vão repensar a distribuição de recursos da associação: a exposição à caixa económica é para cortar, bem como o peso na área seguradora, onde todos querem encontrar parceiros. Tomás Correia, Ribeiro Mendes e António Godinho são os candidatos. Se ainda haverá um pré-registo da ASF é uma incógnita.
Bruno Simão/Negócios
Diogo Cavaleiro e Rui Santos - infografia 07 de Dezembro de 2018 às 11:04

Carlos Tavares vai continuar em funções à frente do Banco Montepio. Ganhe quem ganhar as eleições na accionista, a associação mutualista, não haverá mudanças na gestão.

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Este é um dos pontos em comum entre as três listas que têm nesta sexta-feira, 7 de Dezembro o último dia do período eleitoral. Este sábado, já haverá uma lista para liderar os órgãos do Montepio no mandato 2019-2021. Se assume logo funções ou se tem de haver um pré-registo antes disso é algo para o qual a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e o Ministério do Trabalho, que remete para o primeiro, não respondem.

Para já, há apenas garantias do que pode acontecer no Montepio, independentemente do vencedor. As três listas candidatas, encabeçadas por Tomás Correia, por Fernando Ribeiro Mendes e por António Godinho, admitem que o peso da caixa económica na associação é elevado e, por isso, assumem estudar formas de diminuir a exposição. Ribeiro Mendes é o que mais directamente diz que há mesmo possibilidade de ir vendendo parcelas do capital social.

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Mais certas parecem ser as alterações na área seguradora, onde o grupo tem na Lusitania a principal marca: o desinvestimento é uma hipótese admitida por todos os candidatos à maior associação mutualista do país, através da procura de parceiros.

Respostas dadas quando o novo supervisor financeiro, a ASF, se mantém em silêncio sobre o que deverá ser cumprido pela mutualista, na sequência da entrada em vigor do novo Código das Associações Mutualistas.

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Para já, é certo que o vencedor das eleições do Montepio terá um trabalho de envergadura já no primeiro ano: até Setembro de 2019, terá de haver novos estatutos, onde será oficializada uma assembleia de representantes.

Dúvidas há se haverá corte de remunerações na administração: Tomás Correia, o actual líder, é o único dos três candidatos que não prevê uma diminuição dos salários. Questionadas sobre que tipo de oposição pretendem fazer caso percam, as listas rejeitaram essa possibilidade. Mas só há lugar para um novo presidente.

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