Governo admite injecção de mais dinheiro no Novo Banco
Ricardo Mourinho Félix acredita que o Novo Banco vai apresentar maus resultados relativos ao exercício de 2017 - "tudo indica que terá um prejuízo", admitiu o secretário de Estado adjunto e das Finanças, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, alegando que "o Ministério das Finanças não conhece o resultado dessas contas".
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Ora, de acordo com fontes contactadas pelo Negócios, o Novo Banco deverá apresentar prejuízos entre 1,6 e 1,8 mil milhões de euros no exercício do ano passado.
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Perante este cenário, o número dois da equipa de Mário Centeno admitiu que o Estado tenha que injectar mais dinheiro no Fundo de Resolução para que este possa recapitalizar a instituição financeira.
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"Se [o Fundo de Resolução] não tiver os meios financeiros, recorrendo a todos os meios que tem disponíveis, então poderá, ao abrigo do acordo-quadro, pedir um financiamento ao Tesouro", afirmou o governante.
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Mourinho Félix ressalvou, a este propósito, que o Fundo de Resolução "é uma entidade pública, mas financiada com contribuições dos bancos, e serão essas contribuições que serão utilizadas para fazer o pagamento." Neste caso, lembrou, "o papel do Estado é apenas, enquanto agente financiador do fundo de resolução, pedir um empréstimo".
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De qualquer forma, garantiu, com este empréstimo ao Fundo de Resolução "não deverá haver nenhum impacto adicional" na dívida pública portuguesa.
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Questionado sobre os cálculos de Vítor Bento, que disse que a resolução do BES pode vir a custar dez mil milhões de euros ao país, o secretário de Estado adjunto e das Finanças considerou essa estimativa "um valor excessivo", recordando que "está pré-definido de injecções de capital de 850 milhões de euros, no máximo, em cada ano".
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