Horta Osório e António Simões voltam ser apontados à liderança do HSBC
Quando em 2017 se discutia quem ia ser o sucessor de Stuart Gulliver à frente do HSBC, os nomes de António Horta Osório e António Simões estavam entre os candidatos. O escolhido acabou por ser John Flint, que liderava a unidade de retalho do banco
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Volvidos dois anos, Flint foi despedido de forma surpreendente. O HSBC está de novo à procura de um CEO e os dois gestores portugueses voltam a figurar nas listas que estão a ser noticias pelos media internacionais com os candidatos mais prováveis a assumir a liderança daquele que é o maior banco europeu.
O Financial Times, de acordo com uma notícia publicada na edição impressa de terça-feira, coloca António Horta Osório (CEO do LLoyds), Tidjane Thiam (CEO do Credit Suisse), Ewen Stevenson (atual CFO) entre os possíveis sucessores de Flint.
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O CEO do Lloyds também surge na lista elaborada pela Bloomberg, que junta um outro português: António Simões.
A Bloomberg divide os potenciais próximos CEO em duas listas: os internos e os externos, assinalando que se a escolha vier de fora, será a primeira vez que tal acontece nos 154 anos de história do banco.
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Nos internos estão Noel Quinn, administrador com o pelouro da banca comercial; Ewen Stevenson, que é CFO e veio recentemente do Royal Bank of Scotland; Charlie Nunn, que substituiu Flint à frente da unidade de retalho; e António Simões, que lidera a divisão de banca privada.
Diz a Bloomberg que o gestor português lidera a unidade de menor dimensão do HSBC, mas a experiência no banco (antes era o responsável da unidade no Reino Unido e Europa) pode ser um fator a seu favor.
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Na lista dos gestores que não estão no HSBC, a Bloomberg inclui Piyush Gupta, CEO do DBS Group; e Horta Osório.
Sobre o gestor português, a Bloomberg destaca o programa de corte de despesas, pois estima que os custos atinjam 40% das receitas em 2020. "Tal torna-o um dos gestores mais eficientes da banca europeia", o que vai ao encontro das prioridades de Mark Tucker. O chairman do HSBC também veio de fora do banco e agora pode querer o mesmo para escolher o CEO.
António Simões chegou em Setembro de 2007 ao ao HSBC, onde tem vindo a mudar de funções regularmente. Em 2015, chegou à presidência executiva do HSBC na Europa e do negócio do Reino Unido, para depois substituir Peter Boyles na liderança da banca privada global do grupo.
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O processo de escolha do novo CEO não se adivinha fácil e no curto prazo. Segundo o Financial Times pode demorar seis meses.
Ronit Ghose, analista do Citigroup, disse ao jornal britânico que o cargo de CEO do HSBC será um dos mais difíceis da banca europeia, pois a instituição está mais exposta a tensões geopolíticas do que os bancos rivais. Com sede no Reino Unido, o HSBC tem uma forte presença no mercado asiático, sobretudo na China. "Será quase preciso um super-herói da Marvel para gerir o banco", disse o analista.
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