Lucro do banco moçambicano Millennium Bim subiu 23,6% em 2017
O ambiente macroeconómico "continuou desafiante no ano de 2017", destaca o documento na avaliação à situação vivida em Moçambique.
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O banco destaca a "desaceleração do Produto Interno Bruto nacional para um nível historicamente baixo que resultou da fraca procura agregada, influenciada pelas condições monetárias restritivas e pela diminuição do investimento privado".
Do lado positivo, "num contexto político favorável, verificou-se uma melhoria substancial de alguns indicadores económicos", nota o Millenium Bim.
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Entre eles, destaca "a estabilização do metical, o abrandamento da inflação doméstica e, consequentemente, a redução gradual das taxas de juro de referência no mercado interbancário".
No entanto, as taxas continuam altas (a prime rate, indicador de referência, é de 24,5%) o que fez com que o crédito bancário ao sector privado em Moçambique caísse de uma forma geral 11% em relação a 2016.
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O Millenium Bim reconhece que "os efeitos dos choques económicos" que o banco enfrentou desde 2016 "implicaram a adopção de uma postura creditícia conservadora do sistema bancário que se reflectiu no arrefecimento do crédito à economia ao longo de 2017".
"Neste contexto, o Míllennium bim continuou a implementar medidas preventivas com objectivo de garantir um acompanhamento rigoroso da carteira de crédito e monitorização dos riscos", acrescenta o relatório.
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Após anos de crescimento, o crédito a clientes caiu 21,6% em 2017 face ao ano anterior, fixando-se em 61 mil milhões de meticais (812 milhões de euros).
A percentagem de crédito em incumprimento no Millenium Bim subiu de 4,04% para 5,55% em 2017 e o custo de risco saltou de 188 pontos base para 262.
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O índice de solvabilidade estimado de 17.1% está "consideravelmente acima do limite regulamentar de 8%" e, segundo o banco, "reflecte a resiliência e solidez financeira da instituição".
Noutros dados, o banco reforçou o activo total em 0,9% para cerca de 135 mil milhões de meticais (1,8 mil milhões de euros), tendo os recursos totais de clientes subido 3,6% para 104 mil milhões de meticais (1,3 mil milhões de euros).
Os principais accionistas do Millennium Bim são o português BCP (66,6% do capital) e o Estado de Moçambique (17,2% do capital).
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