Macedo explica prejuízos da Caixa quarta-feira no Parlamento

O presidente da CGD vai esta quarta-feira ao Parlamento explicar as contas do ano passado, em que o banco do Estado teve prejuízos recorde de 1.860 milhões. Pedido foi feito pelo PSD que quer explicações sobre a alteração dos critérios de avaliação de créditos.
Paulo Macedo cgd
Pedro Elias
Maria João Gago 10 de Abril de 2017 às 12:54

Paulo Macedo vai esta quarta-feira ao Parlamento explicar os prejuízos históricos de 1.860 milhões de euros registados pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) no ano passado. O líder do banco do Estado foi chamado à comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa pelo PSD.

PUB

 

A posição dos sociais-democratas foi assumida a 10 de Março, dia em que a Caixa apresentou perdas recorde, sobretudo devido ao registo de mais de 3.000 milhões de imparidades para crédito e outros activos. O deputado Duarte Pacheco reclamou a presença do ministro das Finanças e de Paulo Macedo "para que seja explicado a todos os portugueses o que é que mudou, que alteração de critério houve da avaliação que era feita quer do risco quer dos créditos já concedidos".

PUB

 

Para já, sobre os prejuízos da CGD, apenas está prevista a audição do presidente do banco, agendada para as 18:00 desta quarta-feira, de acordo com informação disponibilizada no site da Assembleia da República. No mesmo dia, pelas 10:00, também o ministro das Finanças vai à COFMA. O pretexto desta deslocação não é a Caixa, mas a situação do BES/NB e as transferências para "offshores".

PUB

 

Recorde-se que as perdas de 1.860 milhões de euros registadas pela CGD no ano passado deveram-se, sobretudo, ao registo de imparidades previsto no plano de negócios da instituição que foi aprovado por Bruxelas e que permitiu que a Comissão Europeia viabilizasse a capitalização do banco sem considerar a operação uma ajuda do Estado.

PUB

 

Aliás, no âmbito desta autorização, a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia vai fiscalizar trimestralmente o cumprimento das metas previstas no plano de negócios da Caixa. E, em caso de a execução apresentar desvios, está previsto que Bruxelas imponha cortes adicionais de custos – com mais saídas de trabalhadores e mais encerramento de balcões –, aumentos dos preços praticados pelo banco e um aprofundamento do desinvestimento nas operações internacionais, como o Negócios noticia esta segunda-feira.

PUB
Pub
Pub
Pub