Maya assume que dar 4,9 milhões a gestores devia ter sido mais bem explicado
O presidente executivo eleito para o Banco Comercial Português, Miguel Maya, acredita que o banco falhou na explicação sobre a contribuição única e extraordinária de 4,9 milhões de euros a pagar aos administradores executivos, que foi aprovada na assembleia-geral de accionistas.
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"Estamos em crer que o tema, se for devidamente explicado, é devidamente compreendido", respondeu aos jornalistas, em perguntas após a reunião desta quarta-feira, que decorreu no Tagus Park.
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Segundo Maya, é normal que haja "posições diferentes" nos vários temas. "Foi um tema que, da nossa parte, talvez pudesse ter sido melhor explicado", admitiu. "Temos de explicar e estou seguro que as pessoas compreendem", continuou.
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A assembleia-geral aprovou a distribuição de uma contribuição única de 4,9 milhões para as pensões de reforma por invalidez ou velhice dos actuais administradores executivos do banco. A proposta já tinha merecido contestação dos sindicatos e a comissão de trabalhadores do BCP fez questão de mostrar o seu desagrado aquando do arranque da assembleia-geral. Uma "afronta", classificou Cristina Miranda.
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"Trata-se de um claro desrespeito pelo esforço de contenção feito pelos trabalhadores", comentou também Paulo Marcos, presidente do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários que participou na reunião.
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Nuno Amado, que passa de CEO a "chairman", frisou que continua em cima da mesa a "recuperação futura" dos cortes passados. Os trabalhadores do BCP que ganham acima de 1.000 euros brutos mensais sofreram um corte de 3% até 11% entre 2014 e o Verão de 2017.
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Maya elogia administração "forte"
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Sobre as novas funções, Miguel Maya, que era já vice-presidente da comissão executiva, disse estar com "um enorme entusiasmo". "Sinto-me honrado por ter, agora, este desafio pela frente e poder contar com um conselho de administração forte, liderado pelo Nuno Amado", acrescentou.
Nos próximos tempos, seguir-se-á a discussão do plano estratégico para o banco. Mas Maya deixou uma garantia: "as ideias não vão ser substancialmente diferentes do caminho que traçámos".
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"[Estivemos] no ciclo de resiliência do banco e agora vamos passar para o ciclo da inovação, da revitalização do banco", concluiu.
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