Minoritários querem 3,15 euros por acção do BPI

A associação que representa os pequenos investidores acredita que há um pagamento diferente a Isabel dos Santos, em relação aos outros accionistas do BPI, na venda de 2% do BFA. 
BPI AG 22 de Julho
Paulo Duarte/Negócios
Diogo Cavaleiro 27 de Outubro de 2016 às 10:49

Os minoritários querem que o CaixaBank pague 3,15 euros por cada acção do BPI, um valor bastante diferente dos 1,134 euros prometidos na oferta pública de aquisição (OPA).

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Em conferência de imprensa marcada esta quinta-feira, 27 de Outubro, Octávio Viana, presidente da ATM, afirmou que os 3,15 euros correspondem ao preço justo porque inclui a transferência do controlo no BFA com a venda de 2% à Unitel, de Isabel dos Santos. Esta venda foi a solução encontrada pelo banco liderado por Fernando Ulrich para reduzir a exposição a Angola, a que está obrigado pelo Banco Central Europeu. 

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"Ou então deverá ser nomeado um auditor independente para fixar a tal contrapartida que, em todo o caso, nunca poderá ser inferior a esse valor de 2,12 euros e deverá situar-se nos 3,15 euros por acção", indica a nota de imprensa da ATM. 

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O CaixaBank oferece 1,134 euros por título do BPI na OPA obrigatória por ser essa a cotação mínima exigida pela lei. Mas a ATM defende que não pode ser essa a base de cálculo porque aquela votação mínima está já influenciada pela OPA voluntária lançada já, antes da desblindagem dos estatutos, pelo grupo catalão. 

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Para já, e acreditando que o CaixaBank estará disponível para elevar o preço da OPA, Octávio Viana quer que a CMVM promova o diálogo entre todos os envolvidos. E parte de um princípio em relação a contrapartida: o preço justo é 3,15 e, ainda que admitindo que a contrapartida possa ser inferior, só acima de 2,26 euros é que é aceitável. Esse foi o primeiro preço que a administração de Artur Santos Silva e Fernando Ulrich consideraram justo em relação a primeira OPA dos catalães lançada em 2015. 

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