Morgan Stanley cria veículo para desbloquear compra de dívida do Novo Banco
O banco americano Morgan Stanley estará por detrás de um veículo especial que será determinante para a o processo de recompra das obrigações do Novo Banco, revelou fonte próxima do processo, citada pela Bloomberg.
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Esta estratégia terá sido determinante para convencer investidores como a Pimco a participar neste processo. Ainda que não se saiba a percentagem exacta, é certo que a Pimco tem uma palavra determinante para viabilizar a operação. E, depois de ter recusado inicialmente as condições apresentadas pelo banco liderado por António Ramalho, já terá aceite.
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O Morgan Stanley terá encontrado a solução para aquilo que era alvo de objecção por parte dos detentores de dívida, arranjando uma forma de transformar os depósitos a prazo, que serão constituídos para os investidores que aceitarem a oferta de compra das obrigações, em activos transaccionáveis.
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A solução encontrada passa por transformar os depósitos em obrigações transaccionáveis por um veículo especial, chamado de Emerald Bay, segundo as mesmas fontes.
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O Morgan Stanley terá apresentado a solução esta semana e deverá ficar com, pelo menos, 50 pontos base de cada negociação. As assembleias-gerais que não reuniram ou que não juntaram o quórum necessário na primeira chamada estão agendadas para esta sexta-feira, 29 de Setembro.
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Para convencer os obrigacionistas a aceitarem a oferta de compra de dívida, o Novo Banco concebeu uma proposta comercial que permite aos investidores recuperarem a quase totalidade do capital aplicado nas obrigações através de depósitos a prazo. As aplicações têm de se manter por um período entre três e cinco anos e pagam taxas de juro que variam entre 1% e 6,84%, consoante as linhas de obrigações. A oferta de compra de dívida do Novo Banco tem de gerar uma folga de solidez superior a 500 milhões para absorver os custos dos depósitos que estão a ser propostos aos obrigacionistas.
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O êxito da operação exige que a instituição liderada por António Ramalho consiga adquirir 75% do total da dívida e, pelo menos, 1.000 milhões das emissões realizadas a partir da sucursal de Londres. Está ainda previsto que, após o fecho bem-sucedido da oferta, a venda do banco aconteça até 20 de Outubro. Só com a recompra de obrigações avança a alienação à Lone Star.
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Detentores de 12 linhas votam venda compulsiva de dívidaEsta sexta-feira, os investidores com títulos de 12 emissões votam a proposta de venda compulsiva das obrigações. As assembleias gerais têm lugar em Londres e seguem-se às reuniões realizadas a 8 de Setembro, em que nove linhas aprovaram o carácter compulsivo da oferta de aquisição e 15 emissões chumbaram esta proposta.
Ordens de venda podem ser dadas até 2 de OutubroOs investidores que têm obrigações do Novo Banco podem dar ordens de venda dos títulos até 2 de Outubro. Mesmo os detentores de obrigações das 15 emissões que chumbaram a venda compulsiva podem alienar os seus títulos. Já os investidores das nove linhas que aceitaram a venda compulsiva não necessitam de fazer nada: a decisão da assembleia-geral torna a alienação obrigatória.
Liquidação da oferta acontece dia 4Depois de conhecidos os resultados da oferta, a liquidação financeira da operação acontece a 4 de Outubro. Para que a operação tenha sucesso, o Novo Banco tem de conseguir comprar 75% das obrigações e gerar uma folga de solidez de 500 milhões de euros.
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Venda do banco tem de ocorrer até dia 20Está previsto que a venda do Novo Banco seja concretizada no prazo de dez dias úteis após a liquidação da oferta de compra de dívida. Assim, o negócio tem de ser concluído até 20 de Novembro. Mas para que isso aconteça é necessário que o BCE autorize a operação de venda à Lone Star.
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