Nem toda a banca adoptou a tempo as novas regras de concessão de crédito
Nem todo o sector bancário adoptou a tempo a recomendação do Banco de Portugal que introduz limites nos novos contratos de crédito, que entraram em vigor a 1 de Julho. O supervisor acredita, contudo, que a implementação já ocorreu.
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"A informação recolhida sugere que a 31 de Julho todas as instituições tinham implementado, do ponto de vista operacional, os limites previstos na recomendação nos canais presenciais", aponta o Banco de Portugal no Relatório de Estabilidade Financeira, datado de 5 de Dezembro.
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Contudo, houve problemas na concessão de crédito via online. "A implementação dos limites nos canais digitais de algumas instituições encontrava-se menos desenvolvida", assume o supervisor.
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Agora, com base me novos contactos que o supervisor tem feito com os bancos para aferir o cumprimento da recomendação, "as instituições parecem ter adaptado a sua oferta nestes canais aos limites estabelecidos na recomendação", continua o Banco de Portugal.
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Mudança na oferta
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Os grandes bancos portugueses têm dito que esta recomendação teve um reduzido impacto já que todos têm defendido que já cumpriram todas as novas regras impostas. Contudo, o Banco de Portugal não tem dados para avaliar as consequências desta medida macroprudencial. Só no próximo ano haverá bases mais sólidas. Mas há já algumas considerações
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"A implementação da recomendação parece ter originado melhorias na avaliação de solvabilidade dos mutuários pelas instituições, uma vez que a recomendação estabeleceu um mínimo harmonizado de critérios a ser observado aquando da contratação de crédito", conclui ainda a instituição financeira em relação a esta medida.
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Outra conclusão preliminar é que houve, em alguns casos, a "alteração da oferta de produtos de crédito, no sentido do aumento de produtos com taxa de juro fixa no crédito ao consumo e a diminuição de produtos com carência de juros e/ou capital".
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