Novo Banco paga mínimo de 8,5% em emissão de dívida subordinada
O Novo Banco vai pagar um juro mínimo de 8,5% na emissão de dívida subordinada que tem a correr esta semana no mercado. A taxa consta do prospecto divulgado junto da Bolsa do Luxemburgo. O período de oferta decorre até quinta-feira. Os resultados serão conhecidos no dia seguinte.
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O banco liderado por António Ramalho pretende emitir até 400 milhões de euros de instrumentos de dívida subordinada. Os títulos a emitir, que estão classificadas para contar para o capital Tier 2, têm uma maturidade de 10 anos e uma "call option" no 5º aniversário da data da emissão.
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Esta emissão de títulos tem como principal objectivo a troca de obrigações sénior, com maturidades mais longas, sendo que para o efeito o Novo Banco reserva um "valor mínimo indicativo de 250 milhões de euros". O Novo Banco vai oferecer um prémio de 50 a 100 pontos base aos investidores que aceitem a troca.
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A oferta prevê ainda um "adicional em 'cash' para detentores de obrigações cuja procura exceda a oferta" e a "colocação em mercado das restantes obrigações com um montante mínimo de 100 milhões de euros".
"A troca das obrigações sénior por instrumentos de dívida subordinada e a aquisição dessas obrigações permitirá ao Novo Banco melhorar sua estrutura de capitais optimizando os seus rácios de total capital e ajustar a sua estrutura de financiamento com redução de encargos com juros", explicou o Novo Banco no comunicado divulgado na sexta-feira passada.
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Em Junho, a Caixa emitiu 500 milhões em títulos semelhantes, com a "yield" a ficar nos 5,75%.
Última oportunidade?
O Novo Banco já tinha efectuado uma operação de troca de títulos de dívida, no âmbito do processo de venda da instituição à Lone Star, sendo que agora avisa que "não pretende efectuar mais recompras de obrigações sénior através de operações open market, ofertas de aquisição ou ofertas de troca das obrigações sénior nos próximos 24 meses".
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Esta será assim a última oportunidade dos detentores de dívida do Novo Banco trocarem os títulos em carteira, sendo que o banco liderado por António Ramalho adianta que "a oferta confere aos detentores das obrigações que sejam elegíveis uma alternativa de liquidez antes da data de maturidade das obrigações abrangidas pela oferta e/ou oportunidade de reinvestimento em novos instrumentos de dívida subordinada a ser emitida pelo banco".
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