Popular recupera de mínimos com menor exigência de provisões
Os títulos do espanhol Banco Popular estão esta sexta-feira a recuperar uma pequena parte das perdas sofridas nos últimos dias, depois de uma notícia que dá conta de necessidades inferiores de constituir provisões para cobrir perdas.
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As acções somam 5,4% para 0,527 euros em Madrid, interrompendo uma série de cinco sessões consecutivas de perdas em que os títulos chegaram a tombar 30,45% para 0,5 euros, tendo chegado a tocar nos 0,491 euros o que corresponde a um mínimo histórico.
Esta sexta-feira, 2 de Junho, o jornal Expansión avança que o banco acredita que a cobertura dos activos imobiliários obrigará a constituir novas provisões inferiores a 2 mil milhões de euros.
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Porém, para o analista Daragh Quinn, da KBW, o relatório do Popular é "pouco convincente", estimando que as necessidades de aprovisionamento sejam de pelo menos 3,6 mil milhões de euros.
"Se as provisões fossem de facto menores de 2.000 milhões de euros, [o Popular] não estaria no estado em que estão agora," refere o especialista. "Poderão ter de vender alguns activos e aumentar mais capital para cobrirem as necessidades. Para mim, não é convincente."
O banco espanhol está a levar a cabo um processo de revisão do preço dos seus activos imobiliários e, para já, a expectativa é que tenha de registar descidas dos preços no seu balanço, para se adequar ao preço do mercado, o que leva à necessidade de constituir provisões – reconhecimento antecipado de eventuais perdas que se podem concretizar no futuro.
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Segundo o Expansión, o processo de revisão da carteira do imobiliário do Popular está já concretizado na sua maioria, faltando apenas percorrer 20% do portefólio, o que o banco acredita conseguir fazer até ao final de Junho.
O Popular está à venda e aguarda, neste momento, que existam propostas vinculativas, embora o El Confidencial tenha indicado que foram solicitadas mais informações sobre a situação da instituição financeira, com o principal foco na evolução dos depósitos. O Expansión diz que é no final de Junho que se espera que haja, então, propostas vinculativas pelo banco no processo que está a ser liderado pelo JPMorgan.
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