Preços dos seguros automóveis vão subir em 2026. "É inevitável", diz o CEO da Fidelidade

Maior sinistralidade e custos mais elevados de reparação justificam este agravamento no próximo ano, segundo o gestor. Rogério Campos Henriques conta também, na Conversa Capital, que os veículos elétricos tendem a ter custos mais elevados que os de combustão.
Preços dos seguros automóveis vão subir em 2026. "É inevitável", diz o CEO da Fidelidade
Diana Ramos e Rosário Lira e João Cortesão - Fotografia 21:00

O seguro automóvel vai aumentar em 2026 porque há mais sinistros e as reparações são mais caras. A expectativa é avançada pelo CEO da Fidelidade, Rogério Campos Henriques, na entrevista ao programa Conversa Capital.

Há mais automóveis nas estradas e, ao contrário do que seria de esperar, têm-se registado também mais acidentes. Ao Negócios e à Antena 1, o gestor explica é "inevitável que existam aumentos em 2026 dos custos do seguro automóvel".

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"Os custos que o mercado tem como um todo têm vindo a aumentar", refere, explicando que "a frequência de sinistros automóveis em Portugal não se reduziu, muito pelo contrário". "E os custos médios de reparar um sinistro também aumentaram", o que justifica esta atualização em 2026. 

No programa Conversa Capital, Rogério Campos Henriques afirma que "os tempos de reparação aumentaram", tal como os respetivos custos associados, sendo que "os próprios veículos elétricos não têm um custo inferior aos dos veículos de combustão interna do ponto de vista do seguro".

"De cada vez que há um acidente com um veículo elétrico, o custo médio tende a ser superior ao custo de um veículo de combustão interna, porque ainda há pouca experiência, porque há questões com as baterias, porque o acesso às peças não é tão fácil como seria. E, portanto, a verdade é que os custos médios tendem a ser superiores nos veículos elétricos", refere.

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O CEO da Fidelidade explicou ainda que, no caso dos seguros de saúde, as atualizações para o próximo ano também ditarão um agravamento de preço, ainda assim mais contido que os cerca de 7% de subida registados este ano. "É uma boa notícia", sublinha, justificando que apesar do agravamento de custos e da maior utilização dos seguros pelos clientes, o grupo tem conseguido acomodar a evolução de preços, de forma a não fazer refletir de forma tão significativa o acréscimo nas apólices.

Quanto ao setor da saúde - a Fidelidade é dona do Hospital Luz Saúde - o gestor acredita que é essencial uma "visão integrada" que junte setor público e privada. Garante que não há ainda conversações com o Governo sobre novas concessões em regime de parceria público-privada (PPP), mas explica também que só se candidatarão de novo a este tipo de modelo de gestão hospitalar se as remunerações "forem justas". Até porque, detalha, "nós já tivemos uma experiência que não foi assim tão positiva" e que ainda está em litígio em tribunal arbitral.

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