Prejuízo do Monte dei Paschi deixa banco ainda mais longe dos mínimos exigidos pelo BCE
No primeiro trimestre deste ano, o Banca Monte dei Paschi di Siena teve um prejuízo de 169,2 milhões de euros, resultado que compara com o lucro de 93,1 milhões de euros obtido no período homólogo. O que fez cair ainda mais o rácio de referência CET1 (Common Equity Tier 1), que recuou de 8,2% verificado em Dezembro para 6,5% em MArço, segundo revelou a instituição financeira num comunicado divulgado na noite da passada quinta-feira.
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O CET 1 está assim mais distante dos 10,75% definidos como nível mínimo para a instituição transalpina pelo Banco Central Europeu (BCE). As regras de contabilidade mais apertadas exigidas pelo BCE ao Monte dei Paschi, que aguarda ainda por um resgate que pode ascender aos 5 mil milhões de euros.
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Para equilibrar o seu balanço, o banco sediado em Siena precisa de cerca de 8,8 mil milhões de euros, sendo que, escreve a Bloomberg, o Banco de Itália calcula que o Estado transalpino tenha de avançar com 6,6 mil milhões de euros e o restante por credores, entre os quais obrigacionistas.
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O banco italiano, o mais antigo do mundo ainda em actividade, continua em conversações com a Comissão Europeia com vista à aprovação da chamada recapitalização precaucionária, isto depois de a instituição não ter conseguido realizar o aumento de capital que o BCE exigia que ficasse concluído até ao final do ano passado.
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No entanto, nem todas as notícias são más para o banco, que no primeiro trimestre viu o volume de depósitos e contas correntes a aumentarem em 5,5 mil milhões de euros, o que significa que a definição do plano de resgate da instituição permitiu ao Monte dei Paschi travar a fuga de depósitos.
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