Ricciardi: “Carlos Costa assobiou para o lado e disse-me para estar quieto”
"O Dr. Carlos Costa assobiou para o lado, não quis saber nada e disse-me para estar quieto". É desta forma que José Maria Ricciardi, que denunciou ao Banco de Portugal irregularidades no Grupo Espírito Santo, descreve a reação do então Governador numa reunião entre ambos que decorreu no ano anterior à resolução.
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"Em outubro de 2013 dirigi-me ao Banco de Portugal para falar com o Dr. Carlos Costa", disse no julgamento do processo BES em resposta a questões do Ministério Público sobre a relação com o supervisor.
"Disse-lhe que me sentia completamente desconfortável com a ‘governance’ do BES", avançou, usando mesmo a descrição: "havia um banco dentro do banco, havia muitas coisas sobre as quais os administradores não faziam ideia".
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Nesse encontro, Ricciardi informou Carlos Costa da sua intenção de demitir-se, recordou. Resposta de Carlos Costa? "Respondeu que eu não devia fazer nada disso, que já tinha feito pessimamente nas coisas que tinha dito nos jornais e que esta guerra com o meu primo estava a perturbar o setor financeiro porque o BES era um banco sistémico".
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