Só seis deputados podem ver correspondência que Domingues entregou ao Parlamento
À partida, apenas seis deputados podem ler a documentação que António Domingues foi obrigado a entregar à comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. Em causa está a correspondência trocada quando o gestor era ainda administrador do BPI e o Ministério das Finanças.
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Foi o CDS que lançou um requerimento a pedir a Domingues a correspondência trocada com as Finanças antes de chegar à CGD, nomeadamente para averiguar se houve garantias relativamente ao afastamento da obrigatoriedade de entrega de declarações de rendimentos e de património aos gestores do banco público.
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Domingues começou por recusar a sua entrega com um parecer jurídico, mas o Parlamento diligenciou para provar que a entrega era obrigatória. Mas acabou por disponibilizar a correspondência.
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"Os documentos foram enviados ontem", admitiu o presidente da comissão de inquérito, José Matos Correia esta quinta-feira, 2 de Fevereiro. O deputado do PSD admite que foi entregue um pedido para que os documentos não fossem tornados públicos e o próprio Matos Correia concorda.
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"Eu próprio tenho dúvidas jurídicas sobre se alguns desses documentos devam ou não ser aceites pela comissão", disse o deputado, motivo pelo qual determinou que os documentos não fossem todos distribuídos aos 17 deputados e assessores da comissão de inquérito.
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Matos Correia determinou que só os deputados coordenadores, um por partido, tivessem acesso aos documentos. João Paulo Correia, PS, Hugo Soares, PSD, João Almeida, CDS, Moisés Ferreira, BE, e Miguel Tiago, PCP, são os visados e todos concordaram que vão analisar em conjunto se faz sentido utilizar os documentos enviados. Por isso, antes desse encontro em conjunto, dispensam receber as mensagens trocadas.
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Segundo o Público, o Ministério das Finanças respondeu à comissão de inquérito que não trocou correspondência com Domingues: apenas a recebeu.
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