Viabilização da Abengoa dependente de obrigacionistas e venda de património

Uma nova linha de crédito junto dos detentores de obrigações e a alienação de edifícios deverá permitir à empresa evitar a insolvência e dar o passo que falta para o plano de recuperação.
Abengoa
Bloomberg
Paulo Zacarias Gomes 20 de Janeiro de 2016 às 11:57

A empresa espanhola Abengoa, actualmente em período de pré-insolvência, está a negociar o acesso a uma linha de liquidez adicional junto dos seus obrigacionistas que, em conjunto com a venda de património, pode permitir o acesso a 250 a 300 milhões de euros e desencadear o plano de recuperação da companhia.

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Os fundos de investimento que detêm obrigações da Abengoa propuseram à administração da empresa o fornecimento de um envelope financeiro a título de crédito que ascende de 150 a 170 milhões de euros, com os quais a empresa poderá satisfazer os seus compromissos imediatos, avança o jornal espanhol Expansión.

Por outro lado, a venda de activos na geração de energias renováveis e património imobiliário (como as sedes da empresa em Sevilha e Madrid) poderá permitir encaixar mais 100 a 150 milhões de euros, essenciais para garantir que a empresa chega solvente a 28 de Março, prazo em que termina a situação de pré-insolvência a que se viu obrigada.

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Já no mês passado os bancos credores da empresa de engenharia tinham injectado cerca de 100 milhões de euros na Abengoa, destinados a satisfazer parte dos compromissos mais imediatos perante fornecedores, que ascendem a 5.000 milhões de euros.

Na próxima semana, acrescenta o jornal, a companhia espera ter o plano de viabilidade aprovado pela administração, que passa por reestruturar fortemente a dívida – o valor pode chegar aos 70% dos 9.000 milhões de euros de dívida - junto de obrigacionistas e banca

Os títulos da empresa tombam 5,68% em Madrid, para os 0,349 euros, num dia de fortes perdas para os principais índices europeus, arrastadas pelas quedas das cotadas do sector energético. 

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