As recomendações dos bancos para o fim das moratórias no crédito
Tanto o Santander como a CGD têm um conjunto de recomendações para que os clientes que aderiram às moratórias se possam preparar para o fim da medida. Ajustar o orçamento familiar, poupar e, caso seja preciso, pedir ajudar são alguns dos conselhos.
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“Embora para muitas famílias a situação possa ser ainda bastante complicada, por não terem ainda recuperado empregos ou rendimentos, para quem tem ainda alguma margem, apesar dos cortes sofridos, o melhor é preparar, desde já, o retomar do pagamento das prestações”, afirma a CGD no seu site. Nesse sentido, refere o Santander Portugal, pode-se criar um orçamento mensal onde estejam incluídos todos os rendimentos e despesas do agregado, tanto as fixas como as variáveis. Além disso, é recomendado que façam um orçamento com a moratória e outro sem esta medida, de maneira a perceberem o impacto da mudança quando este apoio terminar. reorganizar as finanças Ao fazer a análise do orçamento familiar, os clientes podem tentar perceber onde está a ser gasto o dinheiro e o que é que poderão cortar de maneira a reduzir as despesas. E há várias formas de o fazer, seja através da renegociação de contratos de serviços (seguros, telecomunicações, eletricidade, entre outros); comparar preços; cancelar subscrições desnecessárias; planear refeições em casa ou usar mais a bicicleta ou caminhar em vez de se optar pelo carro, sugerem os bancos. É recomendado que se aponte todos os gastos, mesmos os mais baixos, e que não se deite fora faturas e talões dos cartões de crédito. Isto além de se analisar atentamente o extrato bancário para se perceber quais são os gastos mensais. Colocar dinheiro de parte Os bancos reconhecem que pode ser um desafio para muitas das famílias que foram afetadas pela pandemia. Mas, sempre que possível, aconselham a que se coloque algum dinheiro de parte. Poderá ser útil quando voltarem a amortizar a dívida no fim das moratórias. A Caixa Geral de Depósitos refere, por exemplo, que se o cliente estiver a trabalhar, pode usar uma parte do subsídio de férias ou de Natal para abrir ou reforçar uma conta poupança. “Qualquer rendimento extra que receba nesta fase pode constituir uma oportunidade para por dinheiro de lado”, afirma o banco estatal, notando que, “por menor que seja o valor que conseguir juntar, será certamente uma ajuda para aquele momento em que as despesas voltem a aumentar”. Pedir ajuda ao gestor de conta, caso seja necessário Tanto a CGD como o Santander Portugal aconselham as famílias a pedirem ajuda e a contactarem o gestor de conta caso percebam que terão grandes dificuldades em cumprir as suas obrigações quando a despesa voltar a aumentar. Ou seja, quando as moratórias terminarem em setembro do próximo ano. “Numa situação financeira mais delicada, é importante não deixar que as dívidas se acumulem e não deve pedir mais créditos para cobrir as despesas que não consegue pagar”, afirma o banco estatal.
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