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CEO do UniCredit vê "20% de hipóteses" de compra do BPM avançar

O responsável do UniCredit considera que as exigências colocadas pelo Governo italiano devem travar o negócio.

Andrea Orcel
Andrea Orcel Massimo Di Vita/Getty Images
Negócios 11 de Junho de 2025 às 09:54

O CEO do UniCredit, Andrea Orcel, considera que "no máximo, serão de 20%" as hipóteses de o banco conseguir concretizar a compra do também italiano BPM.

O banqueiro assinala que as condições impostas pelo Governo italiano para que a operação possa avançar criam demasiada incerteza e expõem o UniCredit a pesadas multas caso não conseguisse cumprir os requesitos exigidos por Roma.

Orcel, que falava em Berlim numa conferência financeira organizada pelo Goldman Sachs, detalhou que as multas por incumprimento das condições poderiam ascender a 20 mil milhões de euros e assegurou que a possibilidade de o UniCredit arriscar essa possibilidade "é nula".

O UniCredit lançou uma oferta hostil sobre o BPM em novembro do ano passado tendo, então, recebido o apoio do Governo liderado por Giorgia Meloni. Em abril, contudo, Roma impôs uma série de condições para autorizar a operação e o UniCredit levou o Executivo a tribunal, contestando as suas exigências.

Orcel disse ainda que os Governos são cada vez mais decisivos nas fusões e aquisições, em particular na banca. "Não o estou a criticar, é um facto. Já não é uma questão de 'precisamos de dialogar'. Se eles [Governos] decidem bloquear o negócio, eles bloqueiam-no", rematou.

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