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Empresas "que estão a passar mal" já estavam "em dificuldades", diz Paulo Macedo

O CEO da Caixa Geral de Depósitos sinaliza que há "empresas a passar mal", mas "a maior parte teve melhores resultados de sempre" no ano passado.

Paulo Macedo Encontros Fora da Caixa
Paulo Macedo Encontros Fora da Caixa José Gageiro
23 de Maio de 2023 às 17:17

A maior parte das empresas "teve os melhores resultados de sempre e também teve os melhores volumes de negócio", apontou o presidente da Caixa Geral de Depósitos durante a conferência Fora da Caixa, organizada pelo banco público na Maia. Paulo Macedo considera ainda que as exceções "não são empresas novas a passar mal", mas antes casos em que "já estavam em dificuldades e que tiveram outra vez uma recaída".

"Temos barómetros de incumprimento e de crédito mal parado e, felizmente, esse tem estado estabilizado e não tem evoluído negativamente há mais de 15 meses. São notícias positivas", afirmou Paulo Macedo.

O gestor considera que "as notícias são melhores" do que aquelas que havia há seis meses nas exportações e na procura externa. E vê já distante a possibilidade de uma quebra no PIB: "Há seis meses não se sabia se Portugal e a Europa iriam estar em recessão. Não sabemos o desfecho do ano, mas dos dados que temos não vemos essa recessão". As mais recentes previsões do Banco de Portugal, por exemplo, apontam para um crescimento este ano de 1,8%, e as da Comissão Europeia para 2,4%.

O turismo merece destaque para Paulo Macedo, porque "volta a ter uma grande importância", embora lamente a dependência do país em relação a este setor de atividade.

Ainda assim, aponta "um dado novo", porque "os preços por noite, por dormida ou por refeição, estão todos mais caros", o que o CEO espera que se deva não só à inflação mas também a "algum valor acrescentado que vai havendo nestes serviços".

Em relação ao Plano de Recuperação e Resiliência, lamenta que o país continue "bastante atrasado". "Aqui ainda há muito que fazer e em termos daquilo que será a possibilidade de o financiamento chegar mais cedo às empresas", afirmou Paulo Macedo.

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