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Banco de Portugal: “Garantia de Angola não se alicerçou em problemas do BESA”

O Banco de Portugal garante que, “em nenhum momento”, a garantia do Estado angolano a favor do BES Angola “se alicerçou ou foi associada a problemas específicos do próprio BESA”. Num esclarecimento enviado à comissão de inquérito ao BES, o supervisor diz que este aval lhe foi apresentado como forma de “apoiar entidades empresariais angolanas”.

carlos costa comissão bes
carlos costa comissão bes Miguel Baltazar
10 de Dezembro de 2014 às 19:53

"Em nenhum momento", a garantia do Estado angolano a favor do BES Angola "se alicerçou ou foi associada a problemas específicos do próprio BESA", escreve o Banco de Portugal numa carta enviada esta quarta-feira, 10 de Dezembro de 2014, à comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES, para "esclarecer afirmações" de Ricardo Salgado.

A entidade de supervisão liderada por Carlos Costa revela que soube, "no início de Janeiro de 2014, que o Estado angolano tinha prestado, em 31 de Dezembro, uma garantia autónoma a favor do BESA, com um valor de 5,7 mil milhões de dólares, destinada a cobrir eventuais perdas na carteira de crédito e de imóveis".

O Banco de Portugal sublinha que "os termos e fundamentos da garantia diziam respeito à necessidade de apoiar um conjunto de entidades empresariais angolanas constituído por micro, pequenas e grandes empresas, cujas operações apresentavam significativa importância para a implementação dos objectivos definidos para o plano de desenvolvimento de Angola para 2013-2017".

Neste esclarecimento o supervisor diz que a garantia não estava associada a problemas do BESA. Já para Ricardo Salgado, como afirmou o antigo banqueiro no Parlamento, este aval era uma segurança para o empréstimo de 3.300 milhões que o BES tinha dado à unidade angolana, cuja situação, admitiu, ser "pavorosa".

"Esse crédito a Angola, que nós acompanhávamos, não tínhamos dúvidas nenhumas sobre esse crédito. Desde que a garantia de Angola existisse, esse crédito seria reembolsado. Mas ela deixou de existir por causa da separação do banco bom e do banco mau", criticou.

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