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Governo vai "analisar" se manda Santa Casa abortar entrada no Montepio

Os deputados recomendaram ao Governo que use os seus poderes para cancelar o negócio entre a Misericórdia de Lisboa e o Montepio. O gabinete de Vieira da Silva não se compromete com nenhuma posição. Vai "analisar".

Vieira da Silva
Vieira da Silva António Cotrim/Lusa
20 de Abril de 2018 às 19:19

O Governo diz que irá "analisar" os diplomas aprovados pela Assembleia da República que lhe deixam a recomendação de colocar um ponto final à intenção da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em entrar no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

"O Governo irá analisar os projectos aprovados pela Assembleia da República". Esta é a única resposta à imprensa do gabinete de comunicação do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. 

 

Com votos contra do PS, e a abstenção dos partidos da esquerda, os projectos de resolução do PSD e CDS, que visam que o Governo diligencie para abortar o negócio entre as duas entidades da economia social, foram aprovados no Parlamento na manhã desta sexta-feira. A recomendação sai do Parlamento para o Executivo, que pode optar por não a seguir.

 

José Vieira da Silva é o ministro da tutela da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, mas também da Montepio Geral – Associação Mutualista, a empresa que detém a caixa económica. E o governante já afirmou que vê com bons olhos esta ligação, mesmo quando o que estava em cima da mesa era a possibilidade de o investimento máximo poder ascender a 200 milhões.

 

Neste momento, a intenção do provedor Edmundo Martinho é colocar 18 milhões, ficando com 1% do capital da caixa económica. Actualmente, a associação mutualista é a accionista única da instituição financeira.

 

Além dos dois projectos de resolução para colocar um travão ao negócio, foram a votação outros dois diplomas, um do CDS outro do BE, para colocar limites à autonomia da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no que diz respeito aos seus investimentos. Ambos foram aprovados. Também estes serão "analisados" pelo Governo.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não quis responder ao Negócios e a mutualista presidida por Tomás Correia não respondeu até ao momento.

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