Há mais de seis milhões de contratos de seguros a beneficiar de medidas de apoio
A Associação Portuguesa de Seguradores nota que os dados relativos ao mês de setembro "revelam que o setor foi fortemente afetado pela pandemia".
Há mais de seis milhões de contratos de seguros a beneficiar de medidas de apoio devido ao impacto da pandemia. Os dados são da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), que alerta para o facto de o setor estar a ser "fortemente" afetado pelo impacto da covid-19.
"Em Portugal, o setor segurador continua a demonstrar uma importante capacidade de resiliência, e compromisso com os seus clientes, nomeadamente através das medidas de apoio às famílias, empresas e prestadores de serviços", refere a APS. Neste sentido, e "de acordo com os dados disponíveis, existem já mais de 6 milhões os contratos a beneficiar de alterações ou de algum tipo de medida de apoio por parte das empresas de seguros", nota a entidade liderada por José Galamba de Oliveira. Além da moratória nos prémios dos seguros - uma medida criada pelo Governo para apoiar as famílias e empresas mais penalizadas pela pandemia -, " Este apoio está a ser prestado numa altura em que as seguradoras, assim como outros setores, estão a ser muito penalizadas por este mesmo impacto.
Neste sentido, e "de acordo com os dados disponíveis, existem já mais de 6 milhões os contratos a beneficiar de alterações ou de algum tipo de medida de apoio por parte das empresas de seguros", nota a entidade liderada por José Galamba de Oliveira.
"Os dados da indústria seguradora relativos ao mês de setembro de 2020 revelam que o setor foi fortemente afetado pela pandemia que se reflete já no agravamento dos custos dos sinistros", afirma a APS.
Há alguns ramos em que este aumento dos custos é superior ao registado em 2019. É o caso dos seguros de multirriscos, de doença, de assistência no automóvel ou de crédito, refere, notando que "esta tendência deverá estender-se aos restantes ramos de seguros até ao final do ano".
O impacto da pandemia de covid-19 reflete-se também, diz a APS, através da "redução significativa nas carteiras de investimento das empresas de seguros, de quase 4% face ao final do ano anterior", mas também da diminuição de perto de seis pontos percentuais do rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR), situando-se agora nos 173%. (Notícia atualizada às 20:03.)
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