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Julgamento sobre eleições do Montepio: Acusação reforçada com 'profiler'

O julgamento do pedido de impugnação da eleição da lista de Tomás Correia para a Associação Mutualista Montepio Geral começou esta quarta-feira, com os advogados dos autores da acção coadjuvados por um especialista em 'profiling' e detecção da fraude.

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18 de Janeiro de 2017 às 22:41

A acção judicial foi intentada pela Lista D, liderada por António Godinho, no final de 2015 e pede a repetição das eleições então realizadas para os órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio (Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia-Geral), por considerarem que houve irregularidades e falta de transparência.

O porta-voz da lista D, Luís Rolo, afirmou hoje ao final da tarde à agência Lusa que os autores da acção são representados no julgamento pelos advogados José Braga Gonçalves, conhecido designadamente pelo seu protagonismo no antigo caso da Universidade Moderna, e Catarina Flores.

A sessão decorreu hoje de manhã e à tarde, com uma interrupção para almoço, inferior a uma hora, tendo sido ouvidos os dois autores da acção, o médico António Andrade e o arquitecto Nuno Monteiro, e a primeira das suas 10 testemunhas, Nadir Cassano, cuja inquirição ainda não terminou, adiantou a mesma fonte.

"No essencial, foram esclarecidos diversos aspectos, relacionados quer com a campanha, quer com o acto eleitoral em si, e foram postas a nu uma série de ilegalidades que, no entender dos autores da ação e da lista D, foram cometidas e que ferem de ilegalidade este acto eleitoral, cuja anulação é pedida precisamente nesta acção", resumiu.

Luís Rolo destacou que "foi talvez pela primeira vez em Portugal, ao que se saiba, que esteve presente na bancada, a coadjuvar os advogados José Braga Gonçalves e Catarina Flores, um especialista em 'profiling' e detecção da fraude, Rui Mergulhão Mendes".

As próximas sessões estão marcadas para os dias 2 e 7 de Fevereiro.

As eleições para a Associação Mutualista Montepio Geral foram vencidas pela lista A, presidida por Tomás Correia, com 30.891 votos.

Em segundo lugar ficou a lista D, liderada por António Godinho, com 21,5% (11.298 votos), e em terceiro ficou a lista C, encabeçada por Eugénio Rosa, com 16,3% dos votos (8.599). Por fim, ficou a lista E, de Luís Alberto Silva, com 3,5% do total de 52.634 votos contabilizados.

Então, várias listas criticaram o acto eleitoral, mas foi a Lista D que anunciou desde logo a impugnação das eleições, sendo este o processo que agora começou.

A Associação Mutualista é o topo do Grupo Montepio, fazendo parte deste grupo a Caixa Económica Montepio Geral, o chamado banco mutualista.

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