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Paulo Macedo: “Se as taxas de juro subirem até 200 pontos base, a situação será comportável”

Presidente da Caixa antevê que mesmo com dificuldades, famílias e empresas serão capazes de suportar um aumento das taxas de juro que vá até 200 pontos base, desde que o desemprego se mantenha baixo.

Pedro Ferreira
26 de Julho de 2022 às 16:58

Paulo Macedo afirma que um aumento das taxas de juro que não vá além dos 200 pontos base pode, mesmo que "com muita dificuldade", ser "comportável" pelo país, desde que o nível de desemprego se mantenha baixo.

No encontro "Fora da Caixa", organizado nesta terça-feira pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) em conjunto com o Jornal de Negócios o presidente do banco público afirmou que um aumento de 200 pontos base das taxas de juro tem um impacto total de 1% a 2% nos custos totais das empresas. "Os aumentos do gás são de trezentos pontos", sublinhou, insistindo que é necessário entender "como é que este aumento de custo compara com o aumento de custo de matéria-primas ou da energia, para termos toda a informação e sabermos o que podemos fazer".

Admitindo que será sempre "uma dificuldade", porque "diminui sempre o rendimento disponível das famílias", Macedo realçou que "se as taxas de juro ficarem nestes níveis, e com um desemprego baixo como o nosso, a situação será comportável, com muitas dificuldades".

No evento que decorreu na escola náutica Infante D. Henrique, em Oeiras, o presidente da CGD sublinhou no entanto que "quer as empresas quer as famílias podem proteger os seus custos com taxa de juro fixas", o que pode levar "a um custo maior nos primeiros anos mas um custo menor a seguir".

Paulo Macedo antevê por isso um aumento da margem financeira dos bancos, "mas ainda muito pouco".

Imigração "é sim ou sim"

Paulo Macedo abordou também a questão demográfica e do emprego, afirmando que "nunca tivemos uma população ativa tão elevada", e recordando que isso significa que "só temos o efeito demográfico, exceto se for contrariado pela imigração".

Por isso, o CEO da Caixa realçou que "a imigração nem sequer devia ser uma questão de debate. É sim ou sim", afirmou, realçando que "mesmo que não fosse por razões de cidadania ou humanísticas, obviamente não há outra via". Para Macedo, "o que deve ser ponderado é de que forma e que condições lhes vamos dar".

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