Fim da discriminação dos Açores e Madeira faz disparar vendas online do continente
Desde 11 de março que estão proibidas as práticas de "bloqueio geográfico e de discriminação injustificada" nas vendas eletrónicas para os consumidores da Madeira e dos Açores, com a lei a prever multas até 25 mil euros para quem não cumprir com o estabelecido.
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Passados dois meses sobre a entrada em vigor da nova lei, o número de lojas portuguesas com vendas online disponíveis para as regiões autónomas "cresceu em 70% entre 20 de abril e 12 de maio, muito graças ao fim da discriminação imposto pelo Governo", revela o comparador de preços e "marketplace" KuantoKusta, em comunicado.
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Estando os comerciantes de bens e serviços obrigados a entregar nas Ilhas os mesmos produtos disponíveis no continente, este crescimento da oferta para os consumidores das ilhas é, segundo a empresa, "bastante positivo", porquanto, antes da entrada em vigor da lei sobre a não discriminação, apenas 14% das lojas do seu ‘marketplace’ disponibilizavam envios para os arquipélagos, sinaliza.
"É com muito otimismo que vemos esta adesão das lojas ao mercado dos Açores e da Madeira, não só pelos consumidores destas regiões, mas também pelas lojas que se abrem a um público mais vasto que quer comprar e quer ter mais opções", considera Ricardo Pereira, diretor de marketing do KuantoKusta.
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Ricardo pereira alerta, contudo, para a discrepância de preços dos portes de envio praticados, "dado que o preço médio dos envios no continente situa-se nos 2,21 euros, enquanto para as ilhas esse valor dispara para os 15", realça.
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"Esta é uma realidade para a qual estamos atentos. Os custos logísticos para envios de encomendas - principalmente em artigos de grandes dimensões – não podem prejudicar ou marginalizar quase meio milhão de portugueses que reside nas regiões autónomas. Esta nova lei aponta na direção certa, mas ainda há muito a fazer do lado logístico para garantir aos arquipélagos uma oferta comercial mais justa e completa", defende o mesmo gestor.
Desde que foi aplicada a nova lei, o carrinho médio de um comprador do território continental é de 62,95 euros no KuantoKusta, enquanto o carrinho médio de compras para as ilhas é 140% mais alto (152,07 euros), garante o mesmo comparador de preços e "marketplace".
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"O consumidor das ilhas, face aos custos dos portes e à oferta local, por vezes mais limitada, acaba por aproveitar para realizar mais compras de uma só vez, o que pode trazer uma vantagem muito grande para os comerciantes escolhidos por estes compradores", explica aquele Ricardo Pereira.
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O diretor de marketing do KuantoKusta sublinha, ainda, que "estes valores exemplificam a força do comércio eletrónico em consumidores onde as circunstâncias geográficas limitam a oferta que têm disponível no comércio tradicional".
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