Inapa regista perdas de 900 mil euros no trimestre
O grupo Inapa, no qual o Estado (Parpública e grupo CGD) e o BCP são os dois maiores accionistas, registou prejuízos de 900 mil euros nos primeiros nove meses do ano, o que compara com 800 mil euros de resultados líquidos positivos um ano antes, anunciou esta quarta-feira, 28 de Outubro, a cotada ao mercado.
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No período em análise – o primeiro trimestre com Diogo Rezende como presidente executivo, após a saída de José Félix Morgado para o Montepio Geral – o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) recorrente foi de 15,4 milhões de euros, uma diminuição de 16,7% face aos primeiros nove meses de 2014. A margem de EBITDA recuou 0,4 pontos percentuais, para 2,3%.
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O EBIT (resultado antes de impostos e juros) consolidado sofreu uma queda de 19,1%, para 10,6 milhões de euros, sob a mesma análise. No papel, o EBIT foi de 11,5 milhões de euros (equivalente a 2% das vendas), na embalagem de 2,4 milhões de euros (representativo de 4,9% das vendas) e no negócio da comunicação visual foi 200 mil euros (igual a 0,9% das vendas).
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Em comunicado, a administração da Inapa justifica que os resultados líquidos "foram pressionados pela tendência regressiva do sector" que foi "parcialmente compensada pelos negócios complementares", e "pela forte gestão de custos e controlo de risco de crédito".
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Vendas recuam. A dívida também
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Entre Janeiro e Setembro de 2015, a Inapa vendeu 601 mil toneladas de papel, o que "ascendeu a 560,3 milhões de euros" – uma quebra de 4,7% em volume e de 4% em valor face aos primeiros nove meses do ano.
A gestão, na nota enviada às redacções, explica que "alguns mercados, como Espanha, Bélgica e Turquia contrariaram a tendência" do sector do papel ao registar "crescimentos positivos" no período em análise.
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No negócio de embalagem, o grupo registou vendas de 49,4 milhões de euros a terceiros (54 milhões de euros se contabilizadas as vendas a outras empesas do grupo), mais 1,6% do que no período terminado em Setembro de 2014.
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Finalmente, na área complementar da comunicação visual, a distribuidora obteve "uma facturação de 32 milhões de euros" em termos globais – equivalente 24 milhões de euros sem operações intra-grupo (mais 3,7% do que nos três primeiros trimestres de 2014).
O grupo conseguiu, nos nove meses visados, reduzir os custos de exploração em 2,8 milhões de euros (ou 2,7%), para 100,6 milhões de euros ("líquidos de proveitos com prestações de serviços e outros rendimentos" e excluindo provisões).
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"A Inapa manteve assim com sucesso a política de redução do passivo financeiro do grupo", destaca a gestão no comunicado. "A dívida líquida registou um decréscimo de 6,9 milhões de euros [para 314,1 milhões de euros] ao mesmo tempo que os encargos financeiros diminuíram 4,4% (0,5 milhões de euros)", afirma.
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