Lucros da Marks & Spencer com corte pela metade após ciberataque

Os lucros antes de impostos da Marks & Spencer caíram 55,4% para 184,1 milhões de libras (208,7 milhões de euros) no primeiro semestre terminado em 27 de setembro, depois de um ataque informático ter obrigado a retalhista britânica a suspender as encomendas online de peças de vestuário e artigos para o lar durante mais de seis semanas, segmento que sofreu uma descida acentuada nas vendas que, em termos gerais, cresceram graças à divisão alimentar do grupo.

 "Os efeitos pontuais do incidente refletem-se nos nossos resultados do primeiro semestre. Apesar da perturbação significativa, fizemos progressos adicionais e aumentámos o investimento na nossa transformação, investindo em novas lojas, lançando a modernização a longo prazo das nossas cadeias de abastecimento de alimentação e moda e reforçando a nossa infraestrutura tecnológica", afirma o grupo, em comunicado.

A retalhista britânica reconhece assim o impacto do ciberataque, mas relativiza-o: "Estamos confiantes de que estaremos recuperados e de volta ao caminho certo até ao final do ano fiscal. No segundo semestre, prevemos, portanto, lucros pelo menos em linha com os do ano passado, uma vez que os efeitos residuais do incidente continuam a diminuir nos próximos meses".

Voltando aos números do primeiro semestre fiscal, terminado em 27 de setembro,  as vendas globais da Marks & Spencer aumentaram 22,1% para 7,9 mil milhões de libras (8,9 mil milhões de euros), mas as de peças de vestuário e de artigos para o lar tropeçaram 16,4%, com a retalhista a reconhecer uma recuperação mais lenta desta divisão comparando com a alimentar, que cresceram 7,8% face a igual período do ano passado.