Marcas de luxo "mimam" clientes VIP para contornar confinamentos em Xangai
As marcas de luxo estão a apostar em estratégias alternativas para manter a relação com os clientes VIP durante o confinamento que se vive em Xangai, na China, devido à subida de casos de covid-19.
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De acordo com a agência Reuters, algumas marcas estão a apostar na entrega de refeições de luxo em casa ou ainda a disponibilizar aulas online para conseguirem manter-se em contacto com os clientes mais importantes.
A agência nota que, com alguns supermercados fechados e cadeias logísticas suspensas, arranjar comida nem sempre tem sido fácil em Xangai. No entanto, para os mais ricos, há quem tenha alternativas: algumas empresas forneceram comida aos empregados ou, no caso dos clientes VIP, marcas como a Louis Vuitton ou a Cartier estão também a entregar refeições.
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Embora algumas das principais marcas de luxo tenham optado por não comentar o tema com a agência, as ofertas e "mimos" feitos aos clientes VIP têm inundado as redes sociais.
"Durante a pandemia a divisão de classes é mais óbvia. Os cidadãos comuns tentam arranjar arroz, enquanto as marcas de luxo mal podem esperar por entregar refeições de primeira classe aos seus clientes VIP", escreveu um utilizador da rede social Weibo.
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Se a Cartier ou a Louis Vuitton entregam refeições, marcas de cosmética de luxo como a La Mer optam por ensinar online como fazer massagens faciais em casa ou, no caso da Dior, as ofertas passam por passes de sete dias para aulas online em estúdios premium de yoga.
De acordo com os especialistas ouvidos pela Reuters, é justamente este tipo de ligação emocional que determina a relação entre as marcas e os clientes VIP. "Este tipo de clientes VIP são aqueles que as marcas conhecem mais a um nível pessoal. As marcas sabem como afinar as comunicações e falar com eles".
Zhang, uma cliente VIP em Xangai, declarou à Reuters que recebeu "talvez 10 bolos de aniversário e flores de marcas diferentes", dando como exemplo o caso da mãe, também ela uma cliente VIP. "Tenho a certeza de que, após o confinamento, serão feitas compras."
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