Há três décadas, a partir de Seia, António Quaresma começou a construir O Valor do Tempo, grupo que reúne atualmente 13 marcas, entre as quais as icónicas A Brasileira do Chiado, A Pérola do Bolhão, a Joalharia do Carmo, o Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa e a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau.

Entretanto, na portuense Rua das Flores, avançou com um arrojado investimento, da ordem dos 18 milhões de euros, na recuperação de um conjunto de edifícios, entre os números 66 e 82, que são agora palco vivo de artes e ofícios tradicionais portugueses.

Sem grande pompa nem circunstância, abriu a 12 de setembro, em simultâneo, nesta rua do Porto, as portas da Joalharia do Carmo, Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, Confeitaria Peixinho e Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau.

Curiosidade: No prédio dedicado à ourivesaria e filigrana, está a nascer uma escadaria em caracol que vai ser adornada com 372 quilos de ouro, transformados num fio com 313 quilómetros, que é a distância entre esta Joalharia do Carmo e a de Lisboa, e que deverá demorar 95 anos a concluir.

Seguir-se-á, no próximo dia 14, a inauguração da Galeria de Artes Certificadas.

“Este novo espaço é um lugar onde o tempo se faz à mão. Aqui reúnem-se 27 artes certificadas portuguesas - da filigrana à cerâmica, da cestaria aos cordofones - num tributo vivo às profissões que moldam a identidade do país”, enfatiza O Valor do Tempo.

Neste evento, António Quaresma deverá contar com a presença dos Secretários de Estado do Turismo e da Cultura e do novo presidente da Câmara do Porto, Pedro Duarte.

Durante a cerimónia serão assinados dois protocolos que o Valor do Tempo classifica como “estruturantes”.

O primeiro entre a Imprensa Nacional – Casa da Moeda e a Joalharia do Carmo, “reafirmando o valor da autenticidade na joalharia nacional”, e o segundo entre a Joalharia do Carmo e o Cindor, que é a maior escola de joalharia nacional, que ali criam, na Rua das Flores, um novo polo de formação da Filigrana Certificada.