Confederação da construção e imobiliário quer impostos suspensos até dezembro
"A CPCI alerta para os impactos do surto pandémico nas empresas de uma fileira que, no seu conjunto, representa mais de 600 mil postos de trabalho [...]. Apesar de ainda não ser possível apurar a real dimensão desta situação extraordinariamente séria e grave, as consequências imediatas sobre a generalidade das empresas são já muito significativas", indicou, em comunicado, a confederação.
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Neste sentido, a CPCI defendeu a suspensão do pagamento de impostos até dezembro, incluindo o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e o adicional ao IMI, a atribuição de apoios financeiros para os encargos com o pessoal, bem como a criação de uma linha de crédito específica para a construção e imobiliário, com uma taxa máxima de 1% de juros.
Para a confederação, a gestão das empresas e dos seus trabalhadores não pode continuar a ser uma "sucessão de decisões caso a caso, de resolução de problemas 'ad hoc', sem mecanismos efetivos de apoio imediato", devendo Portugal, à semelhança de outros governos europeus, anunciar "medidas fortes" para o setor.
A confederação da construção e do imobiliário disse ainda que já alertou o Governo para os efeitos desta crise, que poderá conduzir a "um desastre absoluto" na fileira.
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"O setor da construção deverá ser salvaguardado, dado que é um dos mais importantes motores da economia e do investimento, pela sua capacidade de, rapidamente, promover a retoma da atividade económica de Portugal", concluiu.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386.000 pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
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Em Portugal, há 33 mortes e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira.
Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
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Além disso, o Governo declarou dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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