Mota-Engil ganha obra 210 milhões na Guiné e assina contrato em Moçambique

Em comunicado, a empresa informa que foram adjudicadas ao grupo diversas outras obras em África, incluindo contratos de cerca de 130 milhões de dólares em Angola.
Rita Faria 13 de Junho de 2017 às 18:13

A construtora Mota-Engil anunciou esta terça-feira, 13 de Junho, a adjudicação e assinatura de um contrato de 210 milhões de dólares (cerca de 187 milhões de euros) com a Société AngloGold Ashanti de Guinée SA, uma subsidiária da AngloGold Ashanti Limited.

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Em comunicado emitido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto) informa que será a fornecedora exclusiva de serviços de mineração – incluindo o fornecimento de equipamentos e instalações – na sua mina de Siguiri na República da Guiné.

O contrato tem um valor estimado de 210 milhões de dólares, uma duração de 56 meses e será executado por uma entidade incorporada na República da Guiné e detida integralmente pela Mota-Engil Engenharia e Construção Africa, S.A.

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"De assinalar também que foram recentemente adjudicadas a empresas do grupo diversas obras noutros países da região de África, das quais se destacam vários contratos com valor de cerca de 130 milhões de dólares em Angola", acrescenta a empresa no comunicado.

A Mota-Engil salienta ainda que, com este aumento da carteira de encomendas da região de África, em mais de 300 milhões de euros, a empresa "reforça o objectivo de retomar o ritmo de crescimento dos seus negócios naquela região e no grupo".

Obras em Moçambique arrancam em 2018

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Num outro comunicado, a Mota-Engil actualiza as novidades sobre o mega-projecto que vai ter em Moçambique, no valor de 2.389 milhões de dólares, que já tinha sido anunciado, mas só agora foi assinado.

 

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"Estima-se que após este importante passo o arranque da obra possa ocorrer em 2018, concluídas que estejam as negociações do cliente para o financiamento do projecto", refere o comunicado da construtora.

 

Tal como já tinha sido noticiado, este projecto será executado por um consórcio detido em 50% pela Mota-Engil e os restantes 50% pela China National Complete Engineering Corporation, uma subsidiária da China Machinery Engineering Corporation, empresa cotada na Bolsa de Hong Kong.

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"Dada a forte incorporação de bens e serviços provenientes da China, o potencial suporte das instituições de crédito às exportações daquele país, poderá contribuir positivamente para o processo de estruturação do envelope financeiro do projecto", refere a mesma fonte.

 

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A Mota-Engil acrescenta que a obra, integrada no canal logístico que ligará a zona mineira de Moatize ao porto de Macuse em Moçambique, consistirá na construção de uma via-férrea de cerca de 500 km e terá duração de 44 meses.

 

O custo total das obras, que também incluem a construção de um porto de águas profundas poderá subir para 3,5 mil milhões de dólares (cerca de 3,2 mil milhões de euros), um valor que inclui os custos com pessoal e máquinas, disse em Março, José Pires da Fonseca, o presidente executivo da empresa pública moçambicana, a Thai Mozambique Logistics (TML).

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Quanto ao financiamento, José Pires da Fonseca detalhou que "não tem garantias soberanas" e "30% do trabalho será financiado pelos accionistas e o restante por terceiros ". A Standard Chartered Plc será o assessor financeiro.

 

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As acções da construtora fecharam a sessão a ganhar 3,75% para 2,409 euros. 

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