Presidente do Rio Ave com salários em atraso e dívidas de 25 milhões em PER
Os trabalhadores da António da Silva Campos (ASC), a construtora do presidente do Rio Ave, estiveram em greve os últimos três dias, protestando junto do edifício-sede do grupo, em Vila do Conde, por terem em atraso os salários de Novembro, Dezembro e Janeiro, assim como o subsídio de Natal.
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Acresce o facto de a ASC estar a preparar um despedimento colectivo, no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) apresentado em Dezembro passado.
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Contactado pelo Negócios, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, que confirmou que a ASC "está numa situação débil", aconselhou os trabalhadores filiados neste sindicato "a suspenderem os seus contratos de trabalho".
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Até porque, "neste momento, trabalho não falta" no sector. "Se quiserem, arranjo-lhes trabalho", garantiu Albano Ribeiro.
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O Negócios também tentou contactar António da Silva Campos, mas, até ao momento, sem sucesso.
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De acordo com a lista de 839 credores da ASC, a que o Negócios teve acesso, os créditos reconhecidos em sede de PER atingem 24,8 milhões de euros.
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A lista é liderada pelo grupo Caixa (CGD), que reclama 5,25 milhões de euros, enquanto a Segurança Social tem a haver 465 mil euros e o Fisco cerca de 423 mil euros.
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Na banca privada, o grupo Santander viu reconhecidos créditos no valor de 1,9 milhões de euros, o BCP 669 mil euros, o BIC 837 mil, o BPI 613 mil e o BBVA 397 mil euros.
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António da Silva Campos também aparece como credor de 24 mil euros por suprimentos (empréstimo) feitos à empresa enquanto accionista.
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Fonte oficial da empresa afirmou ao Negócios que a ASC emprega aproximadamente 90 pessoas.
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A ASC é conhecida por ser a construtora dos supermercados Lidl em Portugal e o seu proprietário por presidir, há já 10 anos, ao emblema do maior clube de futebol de Vila do Conde, que ocupa actualmente a quinta posição do campeonato.
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