Sardo e Ferreira já têm mais de 10% da Teixeira Duarte

No início deste mês, Eduardo Sardo, dono da IDS, revelava ao Negócios que a Dualis Capital detinha 9,98% da Teixeira Duarte, sinalizando “a abertura para reforços adicionais”.

Eis que a Dualis Capital acaba de ultrapassar os 10% na construtora cotada.

“No passado dia 12 de Setembro de 2025, a Dualis Capital, Lda, reforçou a sua participação qualificada imputável na Teixeira Duarte S.A., tendo ultrapassado o limiar de 10% dos direitos de voto correspondentes ao capital social previsto no artigo 16.º, n.º 1 do Código dos Valores Mobiliários”, lê-se no comunicado publicado esta quarta-feira, 17 de setembro, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Mais se informa, nos termos dos artigos 16.º e 20.º do Código dos Valores Mobiliários e por referência a 12 de Setembro de 2025, que a participação imputável à Dualis Capital passa a ser composta por 42.113.820 ações, representativas de 10,02701% do capital social e dos respetivos direitos de voto da Teixeira Duarte, S.A.”, detalha a sociedade detida a meias por Eduardo Sardo e Gaspar Ferreira, empresário que controla o grupo Ferreira.

Citada no comunicado da Teixeira Duarte, a sociedade esclarece que “a participação da Dualis Capital, Lda. é imputada, em partes iguais, às suas sócias, IDS SGPS, S.A., tendo como acionista dominante António Eduardo dos Santos Sardo, e Global F Holdings SGPS, SA., tendo como acionista dominante Gaspar Ferreira da Silva”.

A 2 de setembro, em declarações ao Negócios, Sardo enfatizava que o investimento da Dualis Capital na Teixeira Duarte traduzia-se “num movimento que revela a ambição de construir uma aliança sólida e de longo prazo com uma das maiores construtoras portuguesas”.

A Teixeira Duarte, que vai integrar o principal índice (PSI) da bolsa nacional a partir de 22 de setembro, fechou o primeiro semestre deste ano com lucros de 42,4 milhões de euros, um resultado superior em mais de quatro vezes ao obtido no mesmo período do ano passado, devido ao impacto positivo dos resultados financeiros do acordo de refinanciamento que assinou em março com BCP, CGD e Novo Banco.