A Duro Felguera, na qual a Mota-Engil detém uma participação de cerca de 12%, solicitou esta terça-feira um prolongamento de 20 dias ao tribunal para apresentar o plano de reestruturação aprovado pela administração da empresa espanhola a 22 de setembro.

Em comunicado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), a Duro Felguera indica que o pedido de prorrogação extraordinária do prazo até 20 de outubro visa "realizar as atuações necessárias para a apresentação do plano de reestruturação". 

A empresa diz que o pedido de prolongamento do prazo conta com o apoio da maioria das instituições financeira afetadas pelo plano de reestruturação.

Esta solicitação surge após a Duro Felguera ter chegado a acordo com a SEPI, empresa pública que gere as participações do Estado espanhol, para um adiamento dos prazos de reembolso do empréstimo de 120 milhões de euros. A SEPI é o maior credor da empresa.

Adicionalmente, a Duro Felguera estava prestes a finalizar um acordo com os diversos bancos credores que previa um perdão de 98% dos 14 milhões de euros em dívida.

O acordo com a SEPI e com a banca foi possível após o compromisso dos principais acionistas injetarem 10 milhões de euros na empresa. Este montante não inclui, para já, a Mota-Engil, conforme noticiou o Negócios, envolvendo apenas o grupo mexicano Prodi.