Apollo prepara lançamento de veículo de 5.000 milhões para investir em desporto

A Apollo Global Management planeia lançar um veículo de investimento desportivo de 5.000 milhões de dólares (4.293 milhões de euros ao câmbio atual) para aprofundar a exposição a um setor que tem vindo a atrair um volume crescente de financiamento dos maiores grupos de capital privado do mundo, avança, esta terça-feira, o Financial Times.

A gestora de capital de risco, com sede em Nova Iorque, com mais de 800 mil milhões de ativos sob gestão, tem vindo a acelerar a sua atividade neste campo nos últimos anos, com investimentos que vão desde clubes de futebol da Premier League a empreendimentos de corridas de cavalos, mas, como escreve o jornal, com o novo veículo a Apollo vai alocar, pela primeira vez, capital permanente ao setor.

E, nesta linha, vai avançar com contratações para pôr em marcha a estratégia que estará concentrada em empréstimos a ligas e equipas desportivas, bem como na compra de participações em clubes, adianta o jornal financeiro, citando fontes familiarizadas com a nova aposta da Apollo que declinou comentar os seus planos.

Os negócios da Apollo incluem, até à data, o empréstimo de 80 milhões de libras (92 milhões de euros ao câmbio atual) ao Nottingham Forest Football Club, garantidas por ativos como o estádio do clube, que marcou a sua primeira incursão - pelo menos conhecida - no futebol da Premier League.

O FT noticiou na semana passada que também emprestou 40 milhões de libras à Sports Invest Holdings (do empresário anglo-iraniano, que atua como intermediário de transferências de jogadores no futebol, especialmente no mercado europeu) cobrando uma taxa de juro de 10,25%.

A gestora de capital de risco também tem vindo a explorar acordos de maior dimensão. Este verão envolveu-se em negociações com o Atlético de Madrid sobre a aquisição de uma participação no terceiro maior clube de futebol de Espanha.

Em julho, o jornal espanhol Expansión, citando várias fontes do mercado, avançou que a Apollo estava em conversações com Miguel Ángel Gil Marin, acionista maioritário dos "colchoneros", numa operação que avalia o clube da capital espanhola em cerca de 2.500 milhões de euros.