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China quer criar incentivos até 60 mil milhões para setor dos chips

A China pretende acelerar a sua independência em relação às empresas americanas. Huawei pode ser uma das empresas a aproveitar os apoios estatais, caso sejam aprovados.

Proposta mostra-se como o maior programa de incentivos estatal para os chips.
Proposta mostra-se como o maior programa de incentivos estatal para os chips. Getty Images
13:24

A guerra comercial entre os Estados Unidos (EUA) e a China segue com poucas novidades, mas Pequim quer garantir que não fica dependente do bloco concorrente e está a considerar criar um pacote de incentivos para apoiar o setor dos chips, ponderando uma injeção pública de até 500 mil milhões de yuan (60 mil milhões de euros).

Para já, de acordo com a Bloomberg, a China ainda está a analisar propostas para este apoio financeiro, mas fontes da publicação adiantam que os subsídios podem ir dos 200 mil milhões de yuan (24 mil milhões de euros) até aos 500 mil milhões de yuan (60 mil milhões de euros). Para já, os valores exatos dos incentivos e as empresas abrangidas ainda estão a ser definidas. 

Mesmo sem grandes detalhes, a proposta já se mostra como o maior programa de incentivos estatal a esta indústria. Contudo, este projeto deverá funcionar separadamente aos planos governamentais já anunciados

O objetivo de Pequim é reduzir a sua dependência das fabricantes de chips estrangeiras, nomeadamente da Nvidia, num momento em que as empresas nacionais estão a tentar aumentar os esforços tecnológicos e também de produção. A Huawei e a Cambricon Technologies são duas das empresas chinesas que têm feito um esforço para impulsionar a independência do país, mesmo depois da Administração Trump ter voltado arás e autorizado a venda dos H2000 da Nvidia.

O presidente chinês, Xi Jinping, já se tinha comprometido a desenvolver as capacidades do país no setor dos semicondutores, aproveitando recursos nacionais e alavancando a China. Pequim têm-se mostrado preocupado com a imprevisibilidade dos EUA, que tem anunciado avanços e recuos nas suas políticas em direção à China, no que toca ao acesso à tecnologia. 

Por isso mesmo, as autoridades chinesas estão também a pedir às empresas para priorizarem a adoção de componentes nacionais nas suas produções. Entre os contactos estará o pedido para as companhias evitarem o H2O da Nvidia, desenvolvido exclusivamente para a China com menos potência. 

Mesmo com todos os desenvolvimentos, e com a participação da Nvidia a cair para zero no bloco chinês, a tecnologia própria na China está atrasada em cerca de seis anos face ao que está a ser desenvolvido pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Corporation, principal fabricante para a Nvidia e AMD.

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