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Dados do Street View levam representante da Google em Espanha a Tribunal

Uma associação contra abusos informáticos apresentou um processo contra os problemas de privacidade da captação de dados do serviço da Google, que tem sido criticado em muitos países.

16 de Agosto de 2010 às 19:04

O representante legal da Google em Espanha foi considerado arguido pelo Tribunal de Instrução número 45 de Madrid e terá de se explicar perante a instituição no dia 4 de Outubro. A acusação ao serviço Street View da multinacional veio no seguimento de um processo levantado por uma associação de defesa de abusos informáticos.

Segundo a agência Efe, a denúncia da Associação para a Prevenção e Investigação de Delitos, Abusos e Negligências em Informática e Comunicações Avançadas deveu-se à obtenção de dados privados nos espaços públicos espanhóis em que, que ao mesmo tempo que acontecia a captação de imagens para o serviço Street View da multinacional, acontecia também o armazenamento de informação das redes wi-fi accionadas, algo que a empresa norte-americana admitiu posteriormente como uma falha.

O assessor jurídico da associação de defesa, Valentín Paya, sublinhou que “apenas em Madrid, várias centenas de milhar de usuários acedem diariamente a redes wi-fi, ligadas para as suas comunicações pessoais e profissionais, o que possibilitou a gravação de um grande volume de dados de todo o tipo”.

A directora de comunicação da Google Espanha, Marisa Toro, afirmou que a Google trabalha nos países em que está “com as instituições e autoridades judiciais para responder a qualquer pergunta que tenham”.

A Google vai ter, então, de explicar perante a justiça espanhola todo o processo de armazenamento de informação, numa altura em que vários são os países que questionam a sua legitimidade, incluindo Portugal. A primeira experiência do serviço no país teve lugar há um ano com a disponibilidade das imagens de Lisboa e do Porto. No entanto, no início deste mês foram impedidas novas captações por parte da Comissão Nacional de Protecção Dados, com o argumento de que nunca foram cumpridas as exigências legais para o serviço.

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