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EUA afirmam que China aceitou que fabricante de 'chips' Nexperia retome exportações

Isto permitirá que a produção de 'chips' essenciais "seja distribuída para o resto do mundo", segundo o documento, partilhado nas redes sociais pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Nexperia
Nexperia Peter Dejong/ AP
07:21

O governo norte-americano afirmou segunda-feira que o recente acordo comercial com a China prevê que Pequim permita que a fabricante de semicondutores ('chips') Nexperia retome exportações de fábricas chinesas, cuja suspensão perturbou as cadeias de abastecimento globais.

Num documento que detalha o acordo alcançado na semana passada no encontro entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, a Casa Branca informa que Pequim "tomará as medidas necessárias para garantir a retoma do comércio pelas instalações da Nexperia na China".

Isto permitirá que a produção de 'chips' essenciais "seja distribuída para o resto do mundo", segundo o documento, partilhado nas redes sociais pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

A China proibiu a exportação de certos componentes da fábrica chinesa da Nexperia, utilizados no setor automóvel e noutras indústrias europeias, depois de o governo neerlandês ter assumido em setembro o controlo da empresa, subsidiária da chinesa Wingtech Semiconductor, alegando motivos de segurança nacional e a necessidade de impedir a transferência de tecnologia para Pequim.

A Nexperia, fundada na cidade holandesa de Nimega e adquirida pela Wingtech em 2019, produz semicondutores de uso comum em automóveis e aparelhos eletrónicos.

A fábrica em Dongguan, no sul da China, mantém operações limitadas desde a imposição das proibições de exportação.

O Ministério do Comércio da China anunciou no sábado que, para aliviar a crise global de abastecimento, vai conceder isenções às exportações de empresas que cumpram determinados requisitos.

A Comissão Europeia confirmou que a suspensão dos controlos de exportação de materiais estratégicos pela China também se aplica a países da União Europeia.

A ficha informativa hoje publicada pela Casa Branca inclui ainda compromissos de Pequim para travar o fluxo de químicos utilizados no fabrico da droga fentanil destinada aos Estados Unidos, a suspensão das restrições aos seus elementos de terras raras anunciada a 09 de outubro e a emissão de "licenças gerais de exportação para gálio, germânio, antimónio e grafite".

"Esta licença geral elimina efetivamente os controlos que a China impôs em abril de 2025 e outubro", especifica o documento, que relata ainda a abertura do mercado chinês à soja e ao sorgo norte-americano.

Por seu lado, Washington prometeu reduzir as tarifas impostas à China em dez pontos percentuais, a partir de 10 de novembro, e prolongar a validade de certas isenções tarifárias até novembro de 2026, além de manifestar a sua disponibilidade para continuar as negociações comerciais com Pequim.

Como resultado da cimeira realizada entre Xi e Trump em Busan (Coreia do Sul), as duas maiores potências mundiais anunciaram vários acordos que travaram a escalada da guerra comercial iniciada em abril com a imposição de tarifas por Washington, a que Pequim respondeu com medidas visando as cadeias de abastecimento norte-americanas.

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