Ikea vai "à luta" na China com redução de preços
A empresa planeia lançar centenas de novos produtos e abrir lojas de menor dimensão em várias cidades chinesas.
O grupo sueco Ikea anunciou esta quarta-feira um investimento de 160 milhões de yuan (19,3 milhões de euros) para baixar preços na China, procurando atrair mais clientes e enfrentar a concorrência local, num contexto de fraco consumo e desaceleração económica.
De acordo com o portal económico chinês Yicai, a filial chinesa da cadeia de mobiliário já investiu aproximadamente 673 milhões de yuan (81 milhões de euros) com esse objetivo ao longo dos últimos dois anos.
A empresa planeia lançar centenas de novos produtos e abrir lojas de menor dimensão em várias cidades chinesas, que funcionarão também como centros de pedidos e oferecerão serviços de 'design' personalizado.
Analistas citados pelo mesmo meio sublinham que o mercado retalhista chinês continua a ser "altamente competitivo" e que o sucesso passa por "desenvolver produtos mais acessíveis".
"Continuamos a investir para baixar os nossos preços na China em comparação com outros países. (...) A China é um dos países onde mais estamos a investir", afirmou à agência Bloomberg o diretor de operações do Ingka Group, que controla a maioria das lojas Ikea a nível mundial.
A Ikea enfrenta atualmente na China um contexto marcado pela fraca procura dos consumidores, pela crise no setor imobiliário e pela desaceleração da economia, num ambiente em que marcas locais oferecem móveis semelhantes – muitas vezes inspirados no estilo da Ikea – a preços mais baixos e através de plataformas de comércio eletrónico.
Apesar de a Ikea ter reduzido preços globalmente, os descontos na China são particularmente relevantes, sendo este um dos dez principais mercados da empresa, representando 3,5% das suas vendas globais. Além disso, a China é também uma base de produção importante para o grupo sueco.
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