A diminuição dos lucros contraria um crescimento de 9% das vendas e constitui uma surpresa para os analistas, que antecipavam que o resultado líquido do período se saldasse em 2,4 mil milhões de euros.

A operadora de telecomunicações depende dos dividendos e do crescimento na América Latina numa altura em que as medidas de austeridade implementadas pelo governo espanhol penalizam o seu desempenho. O Governo de Zapatero subiu o IVA de 16% para 18% em Julho e a taxa de desemprego no país está próxima dos 20%.

“A empresa vai ter de enfrentar a crise económica em Espanha, enquanto procura aumentar a prestação de serviços de banca larga móvel e maximizar o resultado das aquisições a que procedeu no Brasil”, disse o analista do FGA-MG Valores, Francisco Salvador, à Bloomberg.

A Telefónica disse ainda que espera ver as suas vendas crescerem 9% este ano, com o margem de lucro do EBITDA a ficar acima dos 35%.