pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Lucros do BES caem 6,8% mas superam estimativas

O Banco Espírito Santo anunciou hoje que obteve um lucro de 246,2 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, um valor que corresponde a uma descida de 6,8% face ao período homólogo de 2008 e acima das estimativas.

28 de Julho de 2009 às 16:43

Analistas contactados pela Reuters aguardavam que a instituição financeira liderada por Ricardo Salgado obtivesse resultados líquidos de 122,1 milhões de euros no segundo trimestre, o que equivale a 223,4 milhões de euros no semestre.

No comunicado com a apresentação de resultados da primeira metade do ano o BES refere que o resultado financeiro melhorou 27,2% para 650,2 milhões de euros, com o produto bancário a melhorar 11,8% para 1,15 mil milhões de euros.

A penalizar os resultados e a reflectir a crise económica, o banco aumentou as provisões em 79,7% para 325,1 milhões de euros. As provisões para crédito malparado aumentaram 125,1% para 274,1 milhões de euros e para perdas em títulos subiram 11,2% para 22,6 milhões de euros.

O peso do crédito malparado (com mais de 90 dias de atraso) atingiu 1,42% do total, contra 1,2% no primeiro trimestre, estando o rácio de cobertura do malparado por provisões “próximo” dos 200%.

O BES salienta que a contribuição da unidade internacional do banco foi “determinante”, ao registar um aumento de 9,8% nos lucros para 84,8 milhões de euros. Pelo contrário, os resultados em Portugal desceram 13,7%.

A margem financeira atingiu 1,96% no semestre, uma subida de 25 pontos base, que o banco justifica com “a política de actualização dos spreads de crédito em função do agravamento do risco e da escassez de liquidez”, bem como o “efeito de mismatch na cadência de repreços das carteiras activas e passivas às novas taxas de mercado”.

O banco destaca ainda o facto de ter, pela primeira vez, o valor dos activos ter superado 100 mil milhões de euros. O crédito concedido subiu 4,6% e os recursos de clientes (como depósitos) subiu 5,7%.

A contribuir também de forma positiva para os resultados alcançados esteve o corte de custos, que, excluindo encargos com pensões, atingiu 3,2%. Em resultado, o “cost to income” melhorou para 44,2%.

Ao nível dos rácios de capital, o “core Tier I” do BES atingiu 8,3% em Junho, contra 5,7% no mesmo mês do ano passado, a reflectir o aumento de capital efectuado pelo banco.

No que diz respeito à rentabilidade, o ROE do BES baixou de 13,2% em Junho de 2008 para 10,1% no primeiro semestre deste ano.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio