O "bonito" fica muito bem nas latas de conserva
"A gente conhece-o, mas é no partir, nas gorduras e no tamanho que se vê. Se for um peixinho pequenino não é tão bom como um de 80 ou 90 quilos".
Na Ribeira Quente, mestre Sacadura já só vê o mar pela lota. " Só vou ao mar num barco pequenino. Só para distrair, para matar o vício". Fez-se armador e hoje, quase com 70 anos vividos, é o único com atuneiro grande em São Miguel. Traz os barcos nos mares da Madeira e tem outro em construção nos estaleiros de Vila Real.
"Uma boa safra hoje, para ser rentável, num barco como o nosso, tem de se fazer para cima de 400 toneladas, aí com uns 16 homens a bordo". Agora é o filho quem lhe segue as pisadas, nestes tempos em que só se faz ao mar quem não encontra alternativas. "Aqui, 60% dos pescadores é tudo malta nova. Mas sejamos honestos, é porque não há muito mais oferta de emprego. Mas o atum já começa a deixar mais algum dinheiro no mercado, o que também faz com que essa gente volte à pesca."
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