Preços na produção industrial registam maior queda desde março do ano passado
O índice que acompanha os preços na produção industrial diminuiu pelo terceiro mês consecutivo. A quebra nos preços do azeite foram o principal fator.
Os preços na produção industrial voltaram a diminuir em termos homólogos pelo terceiro mês consecutivo. Depois de ter registado ligeiras quebras em janeiro e fevereiro, o índice que acompanha os preços na produção industrial registou, em março, um recuo de 1,4% - o maior desde março do ano passado.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta diminuição deve-se principalmente à redução de preços dos bens de consumo não duradouros, com especial destaque para a quebra nos preços da produção de azeite. O agrupamento de bens de consumo foi o que mais contribuiu para a queda homóloga do índice quem acompanha os preços da produção industrial, registando um decréscimo de 2,4% quando comparado com março de 2024.
Já os bens intermédios e energia também observaram recuos de 1,2% e 1,4%, respetivamente, enquanto o agrupamento de bens de investimento foi o único a registar subidas, embora mais atenuadas do que no mês anterior (1,3% em fevereiro para 0,8% em março).
"No 1.º trimestre de 2025, os preços da produção industrial diminuíram 0,6%, após o crescimento de 1,0% no trimestre anterior", refere ainda o INE. Nos primeiros três meses do ano, os preços dos bens de consumo foram os que mais recuaram, com uma quebra de 2,5% em termos homólogos, enquanto os bens de investimento e energia andaram em contraciclo, ao registar aumentos de 1,1% e 2,9%, respetivamente.
Em termos de evolução em cadeia, os preços na produção industrial caíram em 1,3% em março, igualando a variação que foi registada no primeiro mês do ano. "Os agrupamentos investimento e energia diminuíram 0,4% e 8,5%, enquanto os agrupamentos consumo e bens intermédios registaram crescimentos de 0,2% e 0,6%", explica o instituto.
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