Preços do petróleo recuperam. Investidores cautelosos à espera de dados económcos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quarta-feira.
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Preços do petróleo somam ganhos ligeiros. "Traders" atentos a negociações entre Rússia e Ucrânia
Depois de terem estado a negociar com perdas, os preços do petróleo seguem a avançar ligeiramente a esta hora, à medida que os “traders” aguardam por novos desenvolvimentos em relação às negociações de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia, enquanto crescem preocupações com um possível excedente de crude.
O WTI - de referência para os EUA – valoriza 0,51% para os 58,94 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a avançar 0,38% para os 62,69 dólares por barril.
A Rússia e os EUA não chegaram a um entendimento sobre um possível acordo de paz para a guerra na Ucrânia após uma reunião de cinco horas entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e os enviados do Presidente dos EUA, Donald Trump, informou o Governo russo nesta quarta-feira.
Os mercados aguardam o resultado das negociações para ver se um acordo poderá levar à remoção das sanções contra empresas petrolíferas russas, incluindo as gigantes do setor Rosneft e Lukoil.
As acusações de Putin na terça-feira de que as potências europeias estão a impedir as tentativas dos EUA de acabar com a guerra, apresentando propostas que sabiam ser "absolutamente inaceitáveis” para Moscovo, aumentaram as preocupações de que o abastecimento russo continuará a ser bloqueado a compradores como a China e a Índia.
Tony Sycamore, da IG, disse numa nota citada pela Reuters que, apesar das negociações ainda não terem surtido efeito para acabar com a guerra, “as preocupações com o excesso de oferta e a fraca procura continuam a pesar sobre o preço do petróleo bruto".
Os recentes ataques a zonas de exportação de crude na costa russa do Mar Negro destacaram as preocupações geopolíticas decorrentes da guerra no mercado petrolífero. Já o aumento dos "stocks" dos EUA também segue a contribuir para as preocupações relativamente a um excedente de petróleo bruto no mercado, apesar da ligeira subida dos preços registada a esta hora.
O American Petroleum Institute revelou na terça-feira que o petróleo bruto e combustível dos EUA aumentaram em cerca de 2,48 milhões de barris na semana terminada a 28 de novembro. A Administração de Informação Energética dos EUA divulgará os dados oficiais do Governo sobre os “stocks” ainda nesta quarta-feira.
Ásia divide-se entre ganhos e perdas com investidores cautelosos antes de dados económicos
Os principais índices asiáticos fecharam a sessão com uma maioria de ganhos, mas à semelhança do que aconteceu já ontem nas negociações em Wall Street, os investidores mostraram alguma cautela em fazer grandes movimentações nos ativos de risco antes da divulgação de importantes dados económicos do lado de lá do Atlântico. Pela Europa, os futuros do Euro Stoxx 50 avançam cerca de 0,20% e apontam para uma abertura com ganhos ligeiros.
Pelo Japão, o Nikkei valorizou 1,14% e o Topix caiu ligeiros 0,20%. O sul-coreano Kospi pulou 1,04% e o índice de referência de Taiwan ganhou 0,83%. Já pela China, o Hang Seng de Hong Kong desvalorizou 1,27% e o Shanghai Composite caiu 0,51%.
À medida que muitos investidores continuam a ver espaço para as ações recuperarem terreno – também porque esta época do ano costuma ser positiva para a negociação de títulos -, o facto de os “traders” se terem limitado a movimentos moderados destacaram como o sentimento do mercado continua frágil antes das decisões sobre as taxas de juro deste mês pela Reserva Federal (Fed) norte-americana e pelo Banco do Japão (BoJ).
Os EUA devem divulgar hoje vários dados importantes, como o relatório de novembro da ADP sobre o emprego no setor privado, o índice de preços de importação e ainda os dados de produção industrial de setembro. A divulgação há muito adiada do índice PCE referente a setembro — o indicador de inflação preferido da Fed — está prevista para sexta-feira.
“O céu certamente não está claro o suficiente para uma recuperação generalizada”, disse à Bloomberg Hebe Chen, da Vantage Markets. “Os próximos dados sobre o PCE dos EUA, que irão influenciar as decisões, e uma agenda repleta de reuniões dos bancos centrais estão a manter os ‘traders' em alerta”, acrescentou a especialista.
Assim, com tantos dados cruciais ainda por conhecer, os investidores parecem estar a preferir uma postura mais conservadora em vez de correrem grandes riscos nesta fase. Enquanto o índice de referência das ações asiáticas encerrou praticamente estagnado, pela Ásia, as ações de cotadas ligadas à área dos semicondutores acompanharam as suas congéneres norte-americanas em alta.
Pela China, a atividade dos serviços expandiu-se ao ritmo mais fraco em cinco meses em novembro, segundo um inquérito privado.
Entre os movimentos no continente asiático, a UltraGreen.ai fechou o dia com uma valorização de mais de 8% na sua estreia em bolsa esta quarta-feira, após uma oferta pública inicial que foi a maior em Singapura desde 2017 - excluindo fundos de investimento imobiliário. Noutros pontos, procuradores de Taiwan acusaram a Tokyo Electron (+4,73%) de, alegadamente, não impedir que funcionários roubassem segredos comerciais da Taiwan Semiconductor Manufacturing (+1,40%), intensificando uma disputa que envolve duas empresas fundamentais para a indústria de “chips”. Já as ações do SoftBank Group pularam mais de 6%, dando sinais de recuperação após sessões atribuladas nos últimos tempos.
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