Putin aceitou algumas propostas e rejeitou outras do plano de paz dos EUA
O porta-voz do Kremlin disse que as negociações continuam em curso e que a Rússia está disponível para reunir com os EUA as vezes que forem necessárias.
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O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, aceitou algumas das propostas que constam do plano de paz dos EUA para o fim da guerra na Ucrânia, mas rejeitou outras, o que impediu o alcance de um consenso. A informação foi avançada por Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, depois do fim da ronda negocial entre diplomatas russos e americanos.
"Ontem houve uma troca direta de pontos de vista pela primeira vez. Algumas coisas foram aceites, outras foram sinalizadas como inaceitáveis – o que é normal num processo para encontrar compromissos", disse Peskov, citado pela agência Reuters.
"Os trabalhos continuam a ser realizados a um nível de trabalho especializado", acrescentou Dmitry Peskov. "É nesse nível de especialidade que podem ser alcançados determinados resultados, que depois servirão de base para contactos ao mais alto nível".
Apesar da existência de alguns avanços, o porta-voz garante que ainda não foi alcançado um consenso, mas que a Rússia está disponível para reunir com os americanos tantas vezes quanto for necessário para alcançar um acordo de paz.
As declarações surgem um dia depois de Vladimir Putin ter criticado os países europeus, acusando-os de estarem a complicar as negociações de paz na Ucrânia.
Os EUA apresentaram um plano inicial, composto por 28 tópicos, como ponto de partida para um cessar-fogo na Ucrânia e início de um potencial processo de paz do país com a Rússia. Mas assim que o plano foi conhecido, as reações negativas não demoraram a surgir – tanto do lado de Kiev, como do lado dos países europeus. Isto porque o dito plano incluía a cedência de território, a redução do exército e renúncia à adesão à NATO por parte da Ucrânia.
Depois, uma reunião em Genebra, Suíça, permitiu a criação de uma base de consenso para um plano de paz, este já com a concordância da Ucrânia e dos países europeus.
Desde então, têm sido os EUA a mediar as conversas com ucranianos e russos, tendo o Presidente americano, Donald Trump, já sinalizado que um acordo de paz pode estar para breve. No entanto, este período de conversações para a paz tem coincidido com um período de fortes ataques russos a cidades ucranianas e também de ataques ucranianos a ativos energéticos russos.
A Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022.
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