Queda da margem afunda lucro do BPI para 274 milhões
Atividade em Portugal teve queda de 10% para 241 milhões de euros.

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O BPI registou um lucro de 274 milhões de euros no primeiro semestre do ano, menos 16% do que no período homólogo.
O resultado da atividade doméstica caiu 10%, atingindo 241 milhões de euros. O Banco de Fomento de Angola (no qual o BPI está em processo de diminuição da participação) contribuiu com 43 milhões de euros (mais 5% do que no período homólogo), enquanto o moçambicano BCI teve um contributo negativo de 10 milhões de euros - no primeiro semestre de 2024 tinha contribuído positivamente com 18 milhões de euros, mas as imparidades de 29 milhões relacionadas com o "downgrade" do rating da república levaram o número a negativos.
A queda reflete a diminuição de 10% da margem financeira para 441 milhões de euros causada pela redução das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE). As comissões tiveram também uma evolução negativa de 11%. Renderam 150 milhões de euros.
A carteira de crédito cresceu 7% para 32,4 mil milhões de euros mas não conseguiu compensar. Os empréstimos a empresas aumentaram 3% para 12,4 mil milhões de euros. O volume de crédito à habitação aumentou 6% e o crédito ao consumo seguiu em sentido contrário: desceu 6%.
O BPI concedeu 467 milhões de euros em 2.500 contratos de crédito à habitação ao abrigo do regime da garantia do Estado para apoio aos jovens até aos 35 anos na compra da primeira habitação.
No lado dos depósitos, a carteira cresceu 5% para 31,9 mil milhões de euros.
O BPI continua a ter rácios de capital acima do exigido: o CET 1 ("Common Equity Tier 1") atingiu 14% em junho, acima dos 9,4% exigidos pela supervisão.
IPO do BFA no final de setembro
A Oferta Pública do angolano BFA vai acontecer em setembro, adiantou o CEO do BPI, confirmando assim a informação avançada pelo Negócios. João Pedro Oliveira e Costa espera que a situação vivida no país africano seja resolvida em breve e não perturbe o processo.
Anda assim, não esconde os potenciais efeitos negativos do momento que Angola atravessa. "Não vou esconder alguma preocupação em Angola que podem não ser positivos para os investidores internacionais", disse, acrescentado no entanto que está convicto que a situação vai acalmar e que a oferta pública do BFA decorrerá nesse mês. , mas estou convicto que este assunto irá suavizar e que o IPO decorra no final de setembro.
"É a maior operação em Angola, das maiores operações em África", sublinhou. O BPI deverá vender 14,75% da participação de 48,1% que tem no BFA. A Unitel - o outro acionista - vende 15%.
Notícia atualizada
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