"Brisa espera forte procura, mas tem pouca margem para aumentar oferta"
Prazo de subscrição das obrigações destinadas a investidores de retalho arranca no início da próxima semana. Financiamento tem como objectivo permitir à Brisa assegurar liquidez para fazer face aos reembolsos de dívida.
A concessionária de auto-estradas anunciou hoje o lançamento de uma emissão de dívida para retalho, com um prazo de dois anos e cinco meses. Nesta operação, a Brisa vai pagar um juro de 6,25%, acima do praticado pela EDP, mas abaixo do da Zon.
O prazo de subscrição arranca no dia 18 de Junho, sendo que Eça Pinheiro, responsável pelas relações com os investidores, acredita que, à semelhança do se que tem verificado noutras ofertas do género, haverá uma “forte procura”. “Tem havido grande aceitação” destes títulos, diz.
A Brisa vai emitir 150 milhões de euros. Poderá aumentar o valor da emissão, mas o responsável alertou, num encontro com jornalistas, que “há pouca margem para subir a oferta”, dadas as limitações em termos do montante de endividamento.
Esta emissão é “uma forma [da Brisa] diversificar o financiamento”, sendo o objectivo da operação o de “assegurar liquidez” para fazer face aos reembolsos de dívida. Com estes 150 milhões de euros, a empresa fica com as suas necessidades praticamente cobertas até 2015.
Para a empresa, e dado que o acesso aos mercados de dívida está fechado, esta é uma alternativa que faz sentido. E oferece um “custo razoável” dadas as condições do mercado, diz Eça Pinheiro, sublinhando que o custo médio da dívida ronda, actualmente, os 4% a 5%.
Mais lidas